Conturbada parceria entre Paulo Nobre e Brunoro deve ser encerrada no fim do ano no Palmeiras

Diego Costa marca pelo Chelsea (Foto: site oficial)
Diego Costa marca pelo Chelsea (Foto: site oficial)

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A parceria entre o presidente Paulo Nobre e o diretor-executivo José Carlos Brunoro caminha para terminar no fim do ano, mesmo em caso de reeleição. Embora não tenham brigado, os dois não falam mais a mesma língua, e Brunoro se vê sem autonomia. As negociações com Alan Kardec e Juninho servem como exemplo.

Antes de aceitar a proposta do São Paulo, o atacante chegou a entrar em acordo com Brunoro para renovar com o Palmeiras, mas os valores não foram aprovados por Nobre e a negociação se arrastou, o que irritou de vez o pai do jogador. O diretor tratava o acordo como questão de dias, mas Alan Kardec só voltou a ouvir o Verdão quando já tinha dado sua palavra ao rival.

Já o lateral-esquerdo, que tinha contrato até dezembro, foi liberado para o Fluminense por opção do presidente, enquanto Brunoro gostaria de mantê-lo. Reserva com Gilson Kleina, o jogador pediu para sair quando as negociações para renovar foram encerradas sem acordo, mas estava nos planos de Gareca, que chegou a testá-lo como titular. Hoje, o titular da posição é o jovem Victor Luis, já que William Matheus recebeu proposta e o clube não cobriu.

A pressão de conselheiros pela saída do dirigente cresce a cada derrota. A fragilidade do elenco, as saídas inesperadas de jogadores, a demora para contratar e a ausência de patrocínio há mais de um ano estão entre os fatores mais criticados.

Alguns já disseram ao presidente que a permanência do diretor aumentaria muito as chances da oposição na eleição de novembro, a primeira em que os sócios votarão.

Hoje, o mais provável é que haja só uma chapa concorrendo com a atual gestão: a de Wlademir Pescarmona, diretor de futebol em 2010 e 2011, no fim do mandato de Belluzzo, doente e mais distante do clube.

Uma pessoa ouvida pelo LANCE!Net diz que o contrato com Brunoro só não será rompido antes do fim do ano por causa da multa rescisória.

Ouvido pela reportagem, o dirigente não quis se manifestar.

Brunoro chegou sob grande expectativa, mas a ideia era que não precisasse ser tão atuante no futebol. Nobre planejava ter um manager para cuidar exclusivamente do assunto, mas abortou o plano.

AÇÕES POLÊMICAS

- Barcos
Em um mês no comando, a diretoria capitaneada por Paulo Nobre tomou sua primeira atitude polêmica: negociou Barcos com o Grêmio em troca de cinco jogadores e a tentativa de melhorar a condição financeira do Verdão. Brunoro disse que ficou sem dormir para apressar o negócio.

- Alan Kardec
Então principal jogador do elenco, Kardec acertou com Brunoro sua renovação, mas Nobre pediu a diminuição de R$ 5 mil na oferta, irritando o pai do atleta, que então decidiu levar seu filho para o São Paulo.

- Marketing
Há o questionamento em relação ao departamento de marketing. A falta de um patrocinador master desde a saída da Kia Motors, em 2013, mesmo com funcionários remunerados, é a maior queixa. Brunoro se incomoda com a forte cobrança sobre o tema.

- Reforços
Com as saídas, a demora para trazer reforços irritou a torcida. Gareca disse: “Não é fácil. Vale muito dinheiro”.

ELEIÇÕES JÁ MOVIMENTAM BASTIDORES DO CLUBE

A política do Palmeiras já está se aquecendo para a eleição presidencial de novembro, que será a primeira aberta para votos de sócios do clube. Anteriormente, apenas os conselheiros definiam quem seria o presidente e quais seus quatro vices.

Por enquanto, a tendência é de a disputa seja polarizada pelas chapas de Paulo Nobre, que deve tentar a reeleição, e Wlademir Pescarmona, que espera levar vantagem com os sócios. O ex-diretor de futebol já cogitou dois nomes para vices: Luiz Gonzaga Belluzzo e Osório Furlan. O primeiro, ao contrário do segundo, não se mostra muito interessado.

Diferentemente de outros pleitos, a escolha da diretoria para o biênio 2015/2016 acontecerá no fim do ano, e não em janeiro, como era o costume.

Antes da eleição a chapa precisará passar por um filtro no Conselho Deliberativo: 15% do CD necessita aprovar a candidatura. Outra novidade é o fato de a chapa agora ser fechada. Antes, o presidente e os vices eram escolhidos individualmente.

Espera-se que até 8 mil sócios votem no primeiro pleito aberto no clube.

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