Com Palmeiras e WTorre irredutíveis, chance de arbitragem cresce
O Palmeiras pretendia encerrar ainda neste ano a briga com a WTorre, construtora responsável pela reforma de seu estádio, mas as primeiras reuniões do processo de mediação diminuíram muito o otimismo. As partes não se mostraram abertas a uma solução amigável, aumentando a chance de levar a questão à arbitragem.
O clube se apega a um dossiê que contém documentos de toda a negociação, enquanto a construtora tenta fazer valer sua interpretação literal do contrato assinado.
A principal causa do desentendimento é a divisão de cadeiras no Allianz Parque. A WTorre julga ter a prerrogativa de comercializar 100% dos assentos, enquanto o Verdão diz que são dez mil. Não há discussão quanto ao dinheiro embolsado com bilheteria, que será 100% do clube: mesmo o torcedor que comprar uma cadeira pagará ingresso.
Na mediação, três advogados têm a missão de propor um acordo para o caso, compreendendo as exigências dos dois lados. Já o parecer da arbitragem tem peso de sentença judicial e é definitivo. Como o processo é bem mais demorado, há a possibilidade de o impasse ser resolvido depois da inauguração da arena, provavelmente em maio.
Kazuo Watanabe, mediador indicado pelo Palmeiras, Braz Martins Neto, apontado pela WTorre, e Sydney Sanches, sugerido por ambos, estipularam no cronograma inicial da mediação que uma proposta seria apresentada nessa terça-feira. Depois de duas reuniões, uma na sexta e outra na segunda, o prazo foi alterado para 20 de dezembro. Se a sugestão do trio não agradar, o passo seguinte será a arbitragem.
O LANCE!Net tentou contato com Walter Torre, dono da construtora, que estava viajando e voltou ao Brasil nessa terça. Já o Verdão não se manifesta publicamente sobre o assunto.