Com ‘empate técnico’ na altitude, Flamengo visita o Bolívar

Frame: Messi, Cristiano Ronaldo, Oscar (Foto: Reprodução)
Frame: Messi, Cristiano Ronaldo, Oscar (Foto: Reprodução)

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Quando se fala em jogos na altitude durante a Libertadores, a primeira coisa que vem na cabeça dos torcedores brasileiros são os tanques de oxigênio e resultados ruins. Porém, para o Flamengo o retrospecto é positivo. Jogando em cidades a 2.000 metros acima do mar pela competição mais importante da América do Sul, o Rubro-Negro conseguiu três vitórias, três derrotas e um empate,  o que dá um aproveitamento de 62%.

O primeiro jogo em que o Flamengo teve que desafiar a altitude durante a disputa da Libertadores foi em em sua primeira participação, em 1981, contra o Jorge Wilstermann, da Bolívia, em Cochabamba, cidade à 2.560 metros acima do mar. Com gols de Baroninho e Adílio, o futuro campeão daquela edição venceu os bolivianos por 2 a 1. Dois anos depois, em 1983, a viagem ao país andino não foi das melhores: derrota por 3 a 1 para o Bolívar, adversário desta quarta-feira, no mesmo estádio Olímpico.

Em 2002, após quase vinte anos sem disputar uma partida pela Libertadores enfrentando a altitude, o Flamengo foi até Manizales, na Colômbia, visitar o Once Caldas. Em jogo válido pela primeira rodada da fase de grupos, o Rubro-Negro perdeu por 1 a 0 e iniciou uma das piores campanhas do clube na competição, terminando em último no Grupo 8.

Cinco anos depois, o Fla encarou o Real Potosí, da Bolívia, e 4 mil metros de altitude. O resultado acabou sendo bom para o time da Gávea, que terminou o primeiro tempo perdendo por 2 a 0 e nos 45 minutos finais empatou o jogo com gols de Roni e Obina.

Na edição seguinte foram dois confrontos na altitude. O primeiro traz boas lembranças aos torcedores: contra o Cienciano, em Cuzco – 3.400 metros de altitude -, o Flamengo conseguiu uma surpreendente vitória por 3 a 0 e garantiu a classificação antecipada para as oitavas de final,  justamente contra o América do México. A segunda partida na altitude em 2008 não foi das piores, uma importante vitória por 4 a 2 deu uma boa vantagem ao Rubro-Negro na partida de volta, o que traz más recordações aos flamenguistas foi o jogo de volta, no Maracanã, quando o paraguaio Salvador Cabañas comandou os 3 a 0 dos mexicanos.

Por último, o Flamengo foi novamente até Potosí enfrentar o time da cidade pela primeira fase da competição. Com Ronaldinho Gaúcho como destaque e Vanderlei Luxemburgo em uma de suas últimas partidas no comando do time, o Rubro-Negro perdeu por 2 a 1 no estádio Víctor Agustín Ugarte. O gol de Luiz Antônio fez com que o Fla precisasse apenas de uma simples vitória no jogo de volta, no Engenhão, para avançar à fase de grupos. Léo Moura e Ronaldinho marcaram e colocaram o time no Grupo 2, ao lado de Emelec, Olimpia e Lanús.

Flamengo versus altitude:

Jorge Wilstermann (BOL) 1×2 Flamengo – Cochabamba, Bolívia | 1981 | Altitude: 2.560 metros

Bolívar (BOL) 3×1 Flamengo – La Paz, Bolívia | 1983 | Altitude: 3.660 metros

Once Caldas (COL) 1×0 Flamengo – Manizales, Colômbia | 2002 | Altitude: 2.150 metros

Real Potosí (BOL) 2×2 Flamengo – Potosí, Bolívia | 2007 | Altitude: 4.000

Cienciano (PER) 0×3 Flamengo – Cuzco, Peru | 2008 | Altitude: 3.400 metros

América (MEX) 2×4 Flamengo – Cidade do México, México | 2008 | Altitude: 2.400 metros

Real Potosí (BOL) 2×1 Flamengo – Potosí, Bolívia | 2012 | Altitude: 4.000

Desempenho na altitude: 7 J | 3V | 3D | 1E

* Com colaboração de Gabriel Camargo, participante do programa Craque do Futuro


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