Ceni exige grandes mudanças para 2015 e Muricy apoia o Bom Senso

Georges Saint Pierre, Johny Hendricks (FOTO: UFC)
Georges Saint Pierre, Johny Hendricks (FOTO: UFC)

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Rogério Ceni, goleiro e capitão do São Paulo, comandou o protesto ligado ao movimento Bom Senso F.C. na partida contra o Flamengo, nessa quarta-feira. Diante da ameaça do árbitro Alício Pena Júnior de aplicar cartão amarelo a todos os atletas que cruzassem os braços após o apito inicial, eles trocaram passes sem sair do lugar durante um minuto. Para Ceni, um momento histórico.

- Nós queremos ser atendidos, o Brasil para sem o futebol. Para quê deixar chegar a esse ponto? Vocês da mídia têm que compreender isso. Pode existir uma troca, com a gente cedendo coisas importantes para a Rede Globo, que paga para transmitir os jogos, em troca de benefícios. Não é possível que vocês comprem uma briga que não é necessária - explicou ele, que quer mudanças drásticas para 2015, quando certamente terá encerrado a carreira.

- A gente quer ser compreensivo com 2014. Não precisamos de 30 dias de pré-temporada, 21 são suficientes. Não pode trocar a direção da entidade maior e ficar nas palavras. Em janeiro de 2015, os meninos que estão despontando vão sofrer. Eu não estarei lá, mas muitos estarão. Se não der para ter 30 dias de férias no fim do ano, que tenha 25. É bom senso! Pegue dez dias no meio do ano, para não prejudicar. A partir de 2015 não tem Copa, há necessidade de fazer um calendário melhor para 2015. Nós queremos mais clubes, mais atletas empregados, arbitragem profissionalizada, queremos que vocês tenham mais espaço no Brasil como um todo - completou.

O técnico Muricy Ramalho aprovou a atitude de seus comandados, mas alertou para a necessidade de a CBF tomar uma atitude diante da manifestação dos jogadores.

- Os jogadores estão com razão. Se não, fica só na reunião e não acontece nada, no Brasil todo é assim. O futebol brasileiro está muito ruim e é impossível apresentar um espetáculo melhor desse jeito. Eu estou há dois meses no São Paulo, há 60 dias indo todos os dias no clube, e os jogadores também. Tem que ser desse jeito, com protesto mesmo, e a CBF tem que vir a público - disse.

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