Arena Corinthians: reunião não define retorno das obras nas arquibancadas móveis

Carta CBF (Foto: Reprodução)
Carta CBF (Foto: Reprodução)

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Representantes da empresa Fast Engenharia, responsável pelas arquibancadas móveis da Arena Corinthians, e da Superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) se reuniram na manhã desta quinta-feira, na sede do órgão em São Paulo, para tentar solução para a retomada das obras nos lados sul e norte do estádio em Itaquera.

A reunião, porém, foi apenas o primeiro passo para a liberação das obras nas provisórias, que seguem interditadas e não têm uma data certa para ser liberada. De acordo com Luiz Antônio de Medeiros, superintendente do MTE, haverá uma visita de técnicos ao estádio na tarde desta quinta-feira e, mediante a essa visita, somada às melhorias no processo de segurança prometidas pela Fast, as obras poderão ser retomadas.

- A reunião foi positiva, demos um bom avanço. A empresa se comprometeu a incrementar todas as normas de seguranças, que são: colocar os guarda-corpos que ficam no limite do prédio, aumentar a quantidade de cordas de segurança longitudinais, além de colocar um técnico de segurança em cada andar que está sendo construído - afirmou o superientende.

- Terá de haver uma incrementação de segurança coletiva, inclusive com a colocação de torres móveis, com bandeja de segurança em toda a obra. Não há um prazo para a liberação, mas esperamos que seja o quanto antes. As obras continuam paradas, a tendencia é a retomada. Existe boa vontade da empresa (de buscar as melhorias de segurança), mas não vamos bater o martelo e dizer: 'Estará liberado a partir de amanhã, ou depois de amanhã'. Mas eu acho que até segunda-feira isso estará resolvido - afirmou Medeiros. - completou Medeiros.

Pela Fast Engenharia, quem falou foi David Rechulski. O advogado da empresa negou qualquer tipo de negligência da empresa em relação à morte de Fábio Hamilton da Cruz, de 23 anos, que caiu de uma altura de oito metros no último sábado, quando trabalhava na arquibancada móvel do lado sul.

- Obviamente a morte é lamentável, mas a empresa não se sente responsável por ter falhado na segurança anteriormente. O que haverá ser um incremento de segurança. É como uma avenida que você pode andar a 40km e resolvem que deve ser mudada para 30km. Não é que você não estava tomando cuidado anteriormente, mas você passará a tomar mais cuidado depois disso - afirmou.

- Medidas de incremento de segurança exigidas pela lei, de protecao coletiva, isso a empresa entendia que existia, tanto que foram colocadas 550 espaços para cadeira, faltavam apenas oito quando houve o acidente. Esse incremento que existirão em outros patamares em questão de segurança - completou.

O advogado da Fast prometeu que a empresa fará "todos os esforços para que não se tenha um atraso", mas assumiu que "pela nova situação que se estabeleceu haverá algum atraso no cronograma, queremos uma solução que não traga tanto impacto".

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