Após ir a treinos de caiaque quando novo, Cuevas mira volta por cima no tênis


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São muitas particularidades e histórias de superação que cercam a carreira de Pablo Cuevas (32)º. Nascido em Concórdia, na Argentina, ele defende o Uruguai no tênis e, na disputa do Aberto do Brasil, quer voltar aos tempos de glória no esporte.

Em 2011, sofreu uma lesão nos dois joelhos, que o deixou parado até 2013. De volta, conquistou dois títulos e busca retomar o ápice da carreira. Atualmente, ele precisa conquistar cinco posições para tornar-se o melhor uruguaio da história (Diego Pérez foi o 27º em 1984).

– Gostaria de ser o melhor, mas não é meu objetivo principal. Luto para me manter entre os 20, e não competir com uruguaios – falou.

Voltar a figurar entre os tops do mundo parecia apenas um sonho há dois anos. Recuperando-se de lesão, ele chegou a pensar no pior.

– Foi difícil. Nesse tempo, passou de tudo pela minha cabeça, pensei que não voltaria a jogar. Mas tive uma boa sensação. Sentia que tinha de me recuperar para superar. Sabia que tinha mais para dar.

Não só de histórias de superação vive Pablo Cuevas. Aliás, sua vida é repleta de curiosidades. Como, por exemplo, sua dupla cidadania.

– Minha mãe é uruguaia e meu pai argentino. Vivíamos em uma cidade de fronteira entre os países, Concórdia (ARG) e Salto (URU). Minha mãe estudava na Argentina e, no ano novo, voltariam ao Uruguai, mas ela preferiu que eu nascesse lá, por ter médicos perto – comentou.

Se essa fosse a única curiosidade, tudo bem. Mas o modo como treinava quando jovem, é um caso a parte.

– Cruzava o Rio Uruguai de caiaque para treinar. Tinha 11 anos nessa época. Isos durou dois anos. Treinava e voltava — lembrou Cuevas.

Mas as comparações não param por aí. Um dos maiores cantores de tango da história, Carlos Gardel, era uruguaio e naturalizado argentino. Mas o assunto é polêmico entre os países que beiram o Rio da Prata.

— Pode ser que eu seja um Gardel sim (risos). Com o Carlos Gardel há muita polêmica sobre onde ele nasceu, se na Argentina ou no Uruguai.

Nesta sexta-feira na rodada noturna do Aberto do Brasil, no Ginásio do Ibirapuera (SP), Cuevas vai encarar o espanhol Nicolas Almagro, três vezes campeão da competição. O vencedor garante uma vaga na semifinal. Um bom momento para o uruguaio mostrar sua recuperação e dar orgulho até mesmo para os argentinos.

Confusão até no futebol

Torcedor do Peñarol, Pablo Cuevas para acompanhar sua seleção durante as sesões de futebol em família, já que o pai torce para a argentina.

– Quando o Uruguai venceu a Argentina na Copa América (2011), estava vendo a partida com minha família. Meu pai queria que ganhasse a Argentina. É uma bela lembrança que tenho, mas eu sempre vou querer que o Uruguai vença – brincou.

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