Após metamorfoses, Claudinei justifica cautela: ‘Temos um time na média’

Gol do Leonardo - Palmeiras x Joinville (Foto: Miguel Schincariol/ LANCE!Press)
Gol do Leonardo - Palmeiras x Joinville (Foto: Miguel Schincariol/ LANCE!Press)

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Claudinei Oliveira não completou nem um semestre à frente do Santos, mas já passou por diversas fases no clube. Teve o período como interino, o que foi sensação da torcida, o que esteve ameaçado de ser demitido e, agora, se encaminha para os últimos capítulos de sua passagem no clube já sem tanto carinho dos alvinegros e com escolhas bem diferentes das que tinha quando assumiu o time.

Se no início o treinador era visto como o líder de uma “revolução dos jovens”, promovendo diversos garotos que brilharam com ele no sub-20, hoje ele monta um time com apenas dois Meninos da Vila como titulares e aposta nos medalhões – inclusive os que a torcida não suporta, como Everton Costa.

Além disso, o tempo foi transformando Claudinei em um técnico cada vez mais cauteloso e com preocupações defensivas... Segundo o técnico santista, mais culpa do elenco que tem em mãos do que de suas preferências táticas.

– Na base, jogávamos muito ofensivamente, marcando no campo do adversário quase que o tempo todo. O sub-20 do Santos era muito acima da média da categoria. Quando você tem um time acima da média, pode se expor, pode tomar dois que faz muito, como o Dorival Júnior fazia em 2010. Porém, a gente tem um time na média do campeonato. São todos nivelados, menos o Cruzeiro. Por isso temos muitos 0 a 0, 1 a 1, jogos amarrados, com todo mundo apostando na parte tática – disse, ao LANCE!Net.

Para Claudinei, porém, a principal mudança talvez tenha sido outra. Se antes aceitava ser interino e não descartava ser “rebaixado” a auxiliar técnico, hoje ele já está decidido a seguir a carreira como técnico, seja no Peixe ou em outro clube. A tendência é que, depois do Brasileiro, ele deixe a Vila Belmiro, possibilidade que até o treinador acha mais provável. Grato pela chance, ele sairá com a certeza de que mudou, sim, mas para melhor.

– A gente evolui. Cresce como profissional. A cobrança é maior também. Tudo muda, o espaço na mídia, a gente aprende a se posicionar... A gente vai aprendendo e crescendo no dia a dia – afirma.

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