Aldo Rebelo se reuniu com organizadas um dia antes da barbárie

Edson Barboza (FOTO: Divulgação/UFC)
Edson Barboza (FOTO: Divulgação/UFC)

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No dia anterior à barbárie em Joinville (SC), o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, se encontrou em São Paulo com líderes das principais uniformizadas de duas regiões do Brasil. O encontro aconteceu no 1º Seminário Sul-Sudeste de Torcidas Organizadas, na tarde do último sábado.

Os representantes das torcidas assinaram um manifesto pela paz no futebol elaborado pelo Ministério do Esporte. No documento, se comprometeram a atuar no combate à violência nos estádios, respeitar o Estatuto, divulgar as ações do manifesto às torcidas e cadastrar seus membros. A entidade que descumprir os compromissos assumidos no manifesto, de acordo com as informações divulgadas pela Agência Brasil, poderá ser excluída pelo ministério. Segundo o órgão, 34 organizações participaram dos dois dias do seminário.

Na cerimônia de encerramento do seminário, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defendeu a existência das torcidas.

- Por que proibir a torcida? Se há uma briga, o melhor seria encontrar quem brigou, o responsável pela agressão. Responsabilidade coletiva é uma coisa que só vi no nazismo - afirmou o ministro, ao criticar o fato de se querer atualmente punir as organizadas por causa de atos de violência cometidos de forma individual.

- Nossa ideia é fazer dessa ação e dessa iniciativa (do seminário) uma valorização do torcedor e da torcida e criar um programa que ajude a combater a violência, que é inaceitável - completou.

Os representantes das organizadas elaboraram documentos, que foram entregues hoje ao ministro.

- Foram dois documentos. O ministério resgatou um documento, de quatro anos atrás, que era um manifesto com algumas conduções e indicativos para a luta pela paz nos estádios - afirmou Alexandre Cruz, diretor da torcida Sangue, do Santos. Entre os pedidos dos torcedores estão a volta dos bambus e das bandeiras aos estádios, que foram tirados por leis estaduais.

- Aproveitamos também para revogar um artigo que trata da criminalização coletiva de atos individuais - completou.

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