Sharapova: ‘Nasci para ser uma guerreira. Nunca tive dúvidas de que voltaria’

Russa volta a criticar a ITF e conta detalhes do dia pós-suspensão

Maria Sharapova
Maria Sharapova (Reprodução/Instagram)

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Depois de ser ter sua pena reduzida e ser liberada para voltar aos torneios no fim de abril, a russa Maria Sharapova foi ao programa do apresentador Charlie Rose, a quem concedeu entrevista exclusiva.

Ela negou veementemente que a ingestão da substância Meldonium tenha representado um ganho de desempenho físico sobre as outras adversárias e voltou a criticar severamente a ITF.

“Absolutamente não. É muito comum (tomar o Meldonium). Na Rússia, toma-se como uma aspirina. Eu sequer pensei em nada disso (ingerir a substância para levar vantagem fisicamente), tomei pela primeira por ordens do meu médico”.


A musa do tênis ainda criticou seu julgamento anterior, alegando que a decisão foi tomada por um júri escolhido pela própria ITF. “Neste dia, fui à audiência sabendo que estava falando com quatro ou cinco pessoas selecionadas por quem estava tentando me condenar. Não estou certa de que isso seja algo imparcial”, ao que o entrevistador pergunta: “Você acha que queriam te usar como exemplo?”.

“Nunca quis acreditar, mas estou começando a crer nisso, agora”, respondeu Maria.


A multicampeã, que venceu seu primeiro Slam em Wimbledon 2004, com apenas 17 anos, ressaltou o lado positivo da suspensão: ter mais tempo para si mesma. “Não tenho ficado muito em casa, venho viajando bastante, tentando fazer aquelas coisas que nunca tive oportunidade. (Depois da suspensão,) Senti pela primeira vez que tenho tempo (livre), que podia fazer planos. Percebi que tive um fim de semana pela primeira vez. Eu tenho sábado e domingo!”, disse, rindo.

“Também mudei a forma de treinar, estou fazendo isso de forma diferente. (Agora,) Não treino para os torneios ou para voltar (em caso de estar lesionada), apenas para mim mesma. Sinto-me muito bem por fazer isso”.


“A noite seguinte ao anúncio foi muito larga. Eu não dormi muito. (No dia seguinte, eu) Teria aula de spinning às 8h30; às 7h45, liguei para meu preparador físico e disse que não iria. Ele respondeu que era normal (ela não querer ir), que não tinha problema. Mas, às 8h, me levantei da cama, animada para ir. Naquela aula, eu estava destroçada, porque não tinha energia. Foi um dos piores dias da minha carreira, mas creio que essa aula (de spinning) moldou meu corpo e minha mente para o resto do tempo de pena”, analisou a russa, para finalizar com frases fortes.

“Eu nunca usei a palavra ‘rejeição’ na minha vida. Não acredito em rejeição, não acredito em ‘nãos’. Eu nasci para ser uma guerreira. Nunca tive dúvidas de que voltaria”.

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