Murray joga mal e cede set a eslovaco, mas passa pela estreia em Viena

Na próxima fase, o britânico enfrentará o 'freguês' francês Gilles Simon

Andy Murray
Andy Murray com a medalha de ouro olímpica, sua segunda consecutiva, no Rio de Janeiro (LUIS ACOSTA/AFP)

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O britânico Andy Murray, segundo do ranking mundial, venceu, na tarde desta quarta-feira, o eslovaco Martin Klizan, 35º, na estreia do ATP 500 de Viena, jogado sobre quadras duras e cobertas. Em 2h22 de um jogo ruim, o principal favorito na capital da Áustria marcou 6/3, 6/7(5) e 6/0.

Nas oitavas de final, ele enfrenta o francês Gilles Simon, 24º, contra quem carrega uma ampla vantagem de 15x2 no confronto direto. Os dois se encontraram duas vezes na temporada, com ambos os triunfos indo para Murray (Madri, no saibro, e a semifinal de Xangai, há menos de duas semanas)

O resultado, que representou a 12ª vitória seguida do dono de três Slams – uma contra Guido Pella pela Copa Davis, além de cinco em Pequim e cinco em Xangai, títulos ganhos por ele na China - é o primeiro passo de Murray na busca pelos 1500 pontos em duas semanas (Viena e Masters 1000 de Paris) que podem coloca-lo na liderança do ranking mundial de 2016, algo que acontecerá se ele conquistar os dois torneios e Novak Djokovic, atual ocupante do posto que não disputa competição alguma nesta semana, não chegar à final na cidade luz.

O JOGO
A partida começou difícil para o bicampeão olímpico. Logo no primeiro game, o britânico enfrentou um 15/40 e, depois, novo break point em vantagem contra. No entanto, o favorito saiu daquele que seria o mais problema enfrentado no jogo e começou liderando.

Klizan sacou muito bem em seus dois primeiros games, mas cometeu uma dupla falta diversos erros bobos no 1/2, perdendo a larga vantagem de 40/0 que possuía. Andy, que de bobo não tem nada, aproveitou-se de uma igualdade mal jogada por Klizan, com duas curtinhas impertinentes em momento tão crucial, e viu o oponente cometer mais um erro, dando-lhe a quebra e a tranquilidade que necessitava para caminhar na frente, estabilizado para a vitória na etapa.

Daí pra frente, Murray administrou a parcial e precisou sair da encrenca apenas no último game, quando o adversário teve 0/30, mas o tenista de Dunblane levou sorte com uma bola na fita e se aproveitou de novos equívocos de Martin. No fim, um 6/3 morno, em 42 minutos.

O segundo set começou da mesma forma. Errático além do aceitável e duvidoso estrategicamente em muitos momentos, Klizan entregou o saque de mão beijada para o escocês, qu parecia caminhar para o triunfo com tranquilidade. E, apesar de o vice-líder do ranking continuar apresentando atuação e disposição muito abaixo de seus níveis habituais, assim foi até o oitavo game. Porém, com 4/3 e o serviço, Murray jogou dois games horríveis, e o britânico viu-se, repentinamente, frente à desvantagem, pela primeira vez na partida.

Sem problemas para igualar a parcial, o cabeça um do evento austríaco quebrou o saque do oponente mais uma vez no 5/5, quando Klizan repetiu seus erros em impensados tiros para longe da quadra. Mas o jogo não estava acabado: o campeão de Wimbledon cedeu 0/40 pela segunda vez em três games de saque e precisou ir ao tiebreak. Nele, os jogadores mantiveram o baixo nível técnico da partida e trocaram três minibreaks, até que Andy jogou uma direita boba para fora e Klizan não desperdiçou a chance servindo em 6/5: o duelo ia para o terceiro set.

Na parcial derradeira, um atropelo. Sem fazer muita força, Murray quebrou o saque de Klizan no segundo game, após vários erros do eslovaco, e lutou para conseguir a segunda quebra no quarto game, o segundo em que o tenista do Leste Europeu serviu no set. Rapidamente, o britânico fez 6/0 e avançou, deixando seus fãs esperançosos em relação ao topo do ranking, mas, primeiramente, a atuações bem melhores.

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