Hingis destaca personalidade diferente de Federer: ‘Ele controla tudo’

Ex-número um do mundo, diz que ser mais emocional a ajuda em quadra

Martina Hingis e Belinda Bencic
Martina Hingis e Belinda Bencic. Crédito: Paul Zimmer

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A ex-número um do mundo em simples e atual número um nas duplas, a suíça Martina Hingis concedeu uma longa entrevista ao jornal local de seu país, Blick, e falou muito sobre como é ao jogar aos 36 anos e fez uma balanço de 2016.

Hingis, que este ano rompeu a vitoriosa parceria com a indiana Sania Mirza, declarou-se satisfeita com as conquistas e pontuou que não se preocupa com isso: "Não vivo tanto no passado. Evidentemente foi um bom ano. Desportivamente pude ganhar a medalha de prata com Timea Bacsinszky nos Jogos Olímpicos como um dos momentos mais destacados do ano".

Questionada sobre a diferença de liderar o ranking (simples) próxima do 20 anos de idade e novamente (nas duplas) aos 36, Hingis declarou: "Estou feliz. Nunca tive uma atitude tão positiva e aberta. Os 36 anos que tenho são uma idade fantástica. Você se vê madura e sinto-me, inclusive, mais ativa".


"Comecei a ganhar grandes coisas quase que de um dia para o outro. Isso não é sempre fácil e tive que pagar uma grande quantidade de pedágios. Não é sempre que se pode controlar tudo aos 16 anos. Sempre fui uma pessoa aberta e mantive certa despreocupação.De qualquer maneira quero ver a bondade das pessoas. Calro, sou mais cuidadosa, especialmente com a imprensa, mas quero seguir ser quem sou, uma pessoa emocional, cheia de altos e baixos. Isso ajuda, um pouco, no tênis. A imprevisibilidade do meu jogo", confessou.

Questionada sobre semelhanças e diferenças com Roger Federer, Martina respondeu: "Somos duas pessoas muito difierentes. De alguma maneira tenho a sensação de que o carácter de Roger teria me ajudado em alguns momentos de minhas experiências. Ele tem controle de tudo, está como se fosse blindado. Eu não. Não posso e nem quero controlar tudo, a todo instante e a cada detalhe".

O balanço de suas conquistas no circuito de duplas, que agora enfrenta ao lado da norte-americana CoCo Vandeweghe, Hingis refletiu: "Tive dois anoas maravilhosos com Sania, mas precisava de uma mudança. Chamei a CoCo e perguntei se queria jogar comigo. Ganhar algum Grand Slam seria ótimo, mas o nível está alto, é difícil. Depois da Austrália veremos o que fazer".

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