Gastão Elias destaca discrepância entre circuito Challenger e ATP

Tenista português criticou torcida carioca e elogiou paulistana

Gastão Elias em vitória sobre Orlando Luz em São Paulo
Foto: DGW Comunicação

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Por Ariane Ferreira - O português, Gastão Elias, que viveu no Brasil e foi treinado por Jaime Oncins por mais de cinco anos, falou ao Tênis News o que poucos atletas assumem: a discrepância da disputa em nível ATP para Challenger.

Após derrotar Orlando Luz, o Orlandinho, na estreia em São Paulo para iniciar a defesa de pontos das quartas de final alcançadas em 2016, Elias falou com exclusividade ao Tênis News e assumiu, como raramente se vê, que há diferença entre se jogar e viver em nível Challenger ou ATP, no tênis profissional:

"[Em nível ATP] É diferente. O ritmo é diferente. Você cada vez tem que jogar melhor para conseguir seus objetivos. Todo mundo é muito bom. Sinto que a diferença do circuito Challenger para o ATP, é que no Challenger você ainda ganha muitos jogos pelo adversário jogar mal. E isso, a nível ATP, não acontece. Todo mundo joga bem e todos os jogos são complicados, todos os dias do ano. Basta você relaxar um pouquinho e você não ganha praticamente nenhum jogo", confessou o português que tem uma vitória contra o então top 10 Gaël Monfils, como maior vitória de sua carreira .

"É isso que o circuito ATP tem de diferente, ele não te deixa baixar a intensidade e te faz manter-se sempre muito intenso desde o primeiro até o último ponto. Do primeiro ao último dia do ano", concluiu.

Muito acostumado com o público brasileiro e jogando em sua segunda casa, Elias encarou brasileiros em suas duas estreias em torneios por aqui. Entretanto, notou uma grande diferença de comportamento entre o público carioca e o paulistano.

"Tive um pouquinho de azar. Na semana passada [Rio Open] joguei contra o [Thiago] Monteiro e foi, eu diria, 'um dos piores públicos que tive na minha vida'. Eu acho que o pessoal foi muito mal educado, teve muito pouco respeito... Me insultaram do primeiro ao último ponto e isso não pode acontecer. Eles estão torcendo pelo jogador do país deles, e eu entendo. Eles podem fazer o barulho que quiserem torcendo pelo jogador. Mas a partir do momento em que passa para um insulto e falta de respeito, eu acho que isso não deveria acontecer", ponderou Elias que foi derrotado pelo cearense.

"[Isso] Foi o que infelizmente aconteceu semana passada e hoje aqui [foi] obviamente muito melhor. O público comportou-se muito bem, apoiando, praticamente todo mundo, o Orlandinho, o que é muito normal. Portanto, agora espero que quando jogue contra um que não seja brasileiro, seja eu a me sentir jogando mais em casa porque eu tenho muito carinho pelos brasileiros e tenho uma longa história aqui no Brasil. Adoro São Paulo, já joguei muitos torneios aqui e me dou muito com as condições", finalizou ele que tem um título Challenger conquistado na Terra da Garoa.

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