Alexandre Pássaro fala sobre saída polêmica de Daniel Alves do São Paulo e defende: ‘Não foi vilão’

O ex-gerente executivo de futebol do Tricolor paulista destacou que Daniel Alves 'soube separar lado profissional de lado torcedor' em saída rescisão conturbada com a equipe

Alexandre Pássaro
Alexandre Pássaro contou que Daniel Alves chegou a descumprir ordens médicas no clube (Divulgação)

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O ex-gerente executivo de futebol do São Paulo, Alexandre Pássaro, falou da saída polêmica de Daniel Alves da equipe e opinou sobre o posicionamento adotado pelo jogador ao tratar do Tricolor paulista.

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Pássaro deixou o posto no clube no final de 2020, não estando nos planos de gestão do atual presidente Julio Casares, que assumiu o cargo no começo do último ano. Já Daniel Alves teve sua rescisão de contrato anunciada em setembro de 2021, motivada por uma dívida milionária do clube com o atleta, de aproximadamente R$ 16 milhões. Ao que tudo indica, as pendências do Tricolor com o jogador serão quitadas em um prazo de cinco anos.

O ex-dirigente falou sobre toda a polêmica que envolveu a passagem do lateral-direito - que atualmente joga pelo Pumas - com o São Paulo. Pássaro partiu em defesa a Daniel Alves, destacando que mesmo que tenha causado estes problemas, soube separar seu lado profissional do lado torcedor.

- O São Paulo foi campeão uma vez nos últimos 10 anos e o Dani estava ali. Ele jogou. As pessoas que olham de fora pensam que ele deve ter raiva do São Paulo… eu conversando com ele, chamou a esposa e os amigos, e no horário de jogo do São Paulo ninguém pode mexer com ele. Tem outro jogador são-paulino no Pumas… ele não acreditou que tinha perdido: ‘Eu sou são-paulino’. Você vê que ainda é autêntico, mas ele separou o que era função como jogador e o que era o sentimento como torcedor - disse.

 Daniel Alves retornou para a equipe em 2019, estando presente no título do Campeonato Paulista de 2021. O contrato do jogador com a equipe ia até o final deste ano. Pássaro destacou que, mesmo com a relação conturbada, o atleta nunca deixou de torcer pela equipe, citando que o problema maior foi com o departamento do clube. Também falou sobre a relação com Fernando Diniz - técnico que estava no comando do time quando ainda atuava no Brasil.

- Daniel continua com muito carinho. Eu estive lá e vi, ninguém me contou. Ele torce, assiste jogo do Fluminense para torcer pelo Diniz… o que aconteceu foi com o Daniel Alves profissional com o departamento de futebol do São Paulo. Ele segue torcendo pela instituição - completou.

Para o ex-gerente executivo, Daniel Alves não foi 'vilão' nesta história. A atitude do jogador gerou uma reação negativa por parte da torcida, muito pela dívida que o São Paulo enfrenta - estimada em cerca de R$ 700 milhões. Ainda em entrevista, revelou que o lateral chegou a descumprir ordens médicas para voltar a jogar e não prejudicar o restante da equipe.

- Não (foi vilão). Ele seria vilão se fizesse corpo mole, não treinasse, ficasse fora de jogo, forçasse cartão amarelo, se fingisse lesão… O Dani nunca tirou o pé de uma dividida, que é o mínimo, é pago para fazer isso. Ele teve uma lesão de braço que foi três meses (pra voltar), ele voltou em 28 dias contra ordem médica. Ele falou que assumia (a responsabilidade) - concluiu.

No São Paulo, Daniel Alves somou 95 partidas, com dez gols e cinco assistências. Recentemente, em julho deste ano, foi anunciado pelo Pumas, do México.

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