Yohansson Nascimento confirma participação do Mundial de atletismo

Velocista garantiu a vaga durante o Circuito Loterias Caixa de Atletismo, Halterofilismo e Natação; Primeira etapa nacional reuniu, em São Paulo, mais de 600 atletas 

Yohansson Nascimento faturou o bronze nos 100m rasos T47
Yohansson Nascimento participará do quinto Mundial da carreira Daniel Zappe/MPIX/CPB

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Depois de conquistar duas medalhas, uma prata e um bronze, nos Jogos Paralímpicos Rio-2016, Yohansson do Nascimento (T46) continua colocando seu nome na história do esporte adaptado. Neste domingo, o alagoano confirmou presença em seu quinto Mundial da carreira, disputado em julho, em Londres. A confirmação da vaga veio após as disputas do Circuito Nacional de Atletismo, Natação e Halterofilismo, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. O velocista conquistou o índice A na prova dos 200m com o tempo de 22s17.

- Entrei na pista sabendo que eu tinha chance de estar no Mundial mas eu quis sair sem nenhum fio de dúvida. Agora que eu fiz o índice A é dar continuidade ao trabalho e aguardar para dar o máximo na competição. Quem sabe eu não conquisto minha décima medalha em Mundial - declara o atleta, que tem oito medalhas em Mundiais e seis em Jogos Paralímpicos.

Os competidores de atletismo tiveram, nesta etapa nacional do Circuito, a última oportunidade de garantir a vaga na delegação brasileira que participará do Mundial de Londres, de 14 a 23 de julho. Até o momento, a equipe nacional já conta com 18 integrantes. A confirmação de todos os nomes será feita em evento no CT Paralímpico, na manhã desta quinta-feira, às 10h.

O fim de semana também ficou marcado pelos dois recordes mundiais de André Luis Rocha, medalha de prata nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto-2015. O atleta de Taubaté atingiu a marca de 11m46 no arremesso de peso e 23m09 no lançamento de disco e confirmou a presença no primeiro Mundial da carreira.

- Minha vida inteira sempre foi ligada ao esporte. Já pratiquei basquete. No mesmo ano que sofri o acidente, 2013, comecei a participar de competições. Os resultados foram aparecendo e as coisas deslancharam - diz André, que era policial e sofreu uma lesão medular após cair de um muro durante uma operação de combate a um crime.

Após seis meses de espera, a medalhista paralímpica Verônica Hipólito retornou às competições. Depois de ser submetida a uma cirurgia para a retirada de um tumor na cabeça, em dezembro do ano passado, a velocista disputou, no último sábado, em São Paulo, o Circuito Nacional de Atletismo, Natação e Halterofilismo. A atleta conquistou medalha de ouro nos 100m rasos T38 (para atletas com paralisia cerebral) com o tempo de 13s73.

Natação

O nadador carioca Thomaz Matera, classe S12 (baixa visão), teve um fim de semana de conquistas. Ainda na tarde do último sábado, atleta conseguira o índice nos 100m borboleta para o Mundial da modalidade, no México, no final de setembro. Neste domingo, ainda bateu o recorde brasileiro nos 100m livre (56s09) e ficou com a medalha de ouro nos 100m peito, prova em que disputou pela primeira vez na carreira.

- Conseguir o índice ontem me deixou bem mais tranquilo. Cheguei hoje aqui com a certeza que estarei no México. Fiquei bem satisfeito com meus resultados porque é o meu trabalho dando resultado. Eu gosto de nadar, e ir bem em todos os estilos é bem legal. O que eu mais tinha dificuldade é o peito, me atrapalhava também no medley. E melhorando esse estilo eu posso ter mais opções. Meu melhor é o borboleta, mas fiquei empolgado para o medley. Vou depender apenas dessa evolução no peito - resumiu Thomaz.

Halterofilismo

A carioca Tayana Medeiros, 24, ficou com a medalha de bronze na unificação de duas categorias no último dia de disputas do halterofilismo. O resultado foi importante, porém, sua participação no evento valeu como mais um degrau na preparação para a estreia no Mundial da modalidade, no final de setembro, na Cidade do México.

- Esta Etapa do Circuito foi mais uma questão de desenvolver a técnica em um ambiente com público presente, que é bem diferente do simples treinamento lá - explicou Tayana.

A etapa de São Paulo do Circuito foi apenas a terceira competição oficial na carreira de Tayana. Ela tem artrogripose, que acometeu o desenvolvimento dos membros inferiores, e até os cinco anos de idade se locomovia com as mãos. Foi submetida a 12 cirurgias nos nove primeiros anos de vida nas pernas, quadril, pés e joelhos.

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