Thiago Braz e Renaud Lavillenie se reencontram na Liga Diamante

Brasileiro e francês se enfrentam pela primeira vez no salto com vara após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro

Thiago Braz e Renaud Lavillenie
Braz (de verde) e Lavillenie (de preto) durante coletiva na Suíça (Foto: Reprodução/Twitter IAAF)

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A penúltima etapa desta temporada da Liga Diamante de atletismo, nesta quinta-feira, em Zurique (SUI), vai marcar um duelo especial. A competição tem como principal atração o primeiro encontro entre o brasileiro Thiago Braz e o francês Renaud Lavillenie, na disputa do salto com vara, após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

- Ele ainda é um adversário. Se ele ganhar ou não, isso não muda nada para mim. Tenho de fazer o meu trabalho. Agora, eu desejo que a gente tenha um bom relacionamento - afirmou o varista do Brasil.

A disputa do salto com vara masculino foi uma das mais acirradas do atletismo na Olimpíada do Rio de Janeiro. Braz ficou com a medalha de ouro ao saltar 6,03m, a melhor marca de sua carreira e novo recorde olímpico. Enquanto isso, o então favorito Lavillenie teve de se contentar com a segunda posição após receber muitas vaias do público no momento em que partia para seu último salto. No dia seguinte, durante a cerimônia da entrega das medalhas no Engenhão, o francês voltou a ser vaiado e até chorou.

Os dois atletas, que nunca foram amigos, chegaram a conversar após todo o ocorrido ainda no estádio, com a interferência do ucraniano Sergey Bubka. O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, criticou a reação do público.

- Tentei acalmar as pessoas quando as vaias começara, mas elas continuaram. Como um atleta profissional, Renaud deveria estar preparado para tudo. Pessoalmente, eu não poderia ter mudado nada - avaliou o brasileiro.

Com quatro vitórias em seis etapas da Liga Diamante nesta temporada, Lavillenie vai confirmar mais um título da competição nesta quinta-feira, em Zurique. Focado na Olimpíada do Rio de Janeiro, Braz pouco competiu neste ano. Mas para 2017, ele espera mudar essa situação.

- No próximo ano, espero saltar com mais frequência. Estarei mais presente nos meetings da Europa para tentar dar continuidade aos meus resultados - resumiu o brasileiro.

Primeiro campeão olímpico do Brasil no salto com vara, o atleta ainda tem colhido os frutos de sua conquista na Rio-2016.

- No país, não existe uma cultura do atletismo, do salto com vara. Mas as crianças tem vindo até mim na rua e me perguntando como podem praticar a modalidade. É estranho essa rápida mudança como se fosse uma celebridade. Antes, via esportistas famosos na televisão e, agora, sou eu - avaliou o saltador.

- Esse Olimpíada teve momentos incríveis, até se eu tivesse perdido - completou.

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