Petrúcio e Silvânia são escolhidos os melhores atletas paralímpicos do ano

Paraibano levou o troféu pela primeira vez, enquanto sul-mato-grossense conquista o bi na votação popular que durou nove dias. Cerimônia homenageou os destaques dos esportes<br>

Silvânia Costa no prêmio paralímpicos
Silvânia Costa posa com o troféu de destaque do ano com Andrew Parsons ao fundo (Foto: Fernando Maia/Mpix/CPB)

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Atletismo domina votações e Petrúcio Ferreira e Silvânia Costa são escolhidos os melhores atletas paralímpicos de 2016

Petrúcio levou o troféu pela primeira vez, já Silvânia conquista o bicampeonato na votação popular que durou nove dias. Cerimônia do Prêmio Paralímpicos 2016 homenageou os destaques do ano em cada modalidade

O velocista Petrúcio Ferreira e a saltadora Silvânia Costa foram os escolhidos pelo público como melhores atletas de 2016. A votação foi encerrada no começo da tarde desta quarta-feira, 7, e os dois receberam os troféus na cerimônia do Prêmio Paralímpicos 2016, realizado no Vivo Rio, no aterro do Flamengo, Rio de Janeiro. A pesquisa durou nove dias. O velocista teve 53% da preferência no masculino, contra 26% do nadador Daniel Dias e 21% de Jefinho, do futebol de 5. A saltadora, por sua vez, foi escolhida por 61% dos votantes e deixou a lançadora Shirlene Coelho, com 23%, e Evani Calado, da bocha, com 16%, nas segunda e terceira posições, respectivamente.

Petrúcio teve uma participação excelente nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O paraibano fechou o evento com três medalhas, sendo uma de ouro e duas de prata, e ainda bateu duas vezes o recorde mundial nos 100m T47 - uma vez na semifinal e a outra, na final.

"Depois de três meses, volto ao Rio de Janeiro com uma felicidade enorme por saber que representei meu país, minha bandeira, nos Jogos Paralímpicos. Dizia para minha mãe, quando era mais novo, que esse era meu grande sonho, e ele foi realizado em casa. Agradeço a todos que acreditaram em mim desde o começo, desde 2013, quando comecei nas Paralimpíadas Escolares", disse Petrúcio.

A sul-mato-grossense Silvânia Costa também agitou o público nos Jogos Rio 2016. A saltadora chegou como favorita para o salto em distância T11 (para cegos) após bater o recorde mundial da prova por duas vezes durante o ano. A medalha de ouro, no entanto, veio com emoção e só foi confirmada no último salto da disputa.

"É uma noite maravilhosa que ficará para sempre guardada no coração. Encerrei 2016 com todos os meus sonhos realizados. Bati recordes mundiais e fui campeã dos Jogos Paralímpicos. Agradeço a todo mundo que esteve comigo porque atleta não chega a lugar nenhum sozinho. Foram 12 anos de dedicação ao esporte, saí de casa com a mala e minha filha nos braços com o sonho de representar a nação. E hoje ele está realizado. Esse troféu mostra que não levei apenas medalhas, mas também conquistei o coração do povo que votou em mim. Termino o ano feliz com essa premiação e com a alegria da minha filha e do meu filho que está chegando", falou Silvânia, que está grávida e volta a competir em maio para a preparação para o Mundial da modalidade, em julho, em Londres.

A cerimônia ainda premiou os destaques de cada uma das 22 modalidades dos Jogos Paralímpicos, além dos melhores treinadores de esporte coletivo e individual e o atleta revelação. Também foram homenageados o nadador Clodoaldo Silva, com o prêmio Aldo Miccolis, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, com o troféu de personalidade paralímpica.

Confira aqui a lista com todos os premiados da noite.

Surpresa
Numa noite de muita emoção, o Prêmio Paralímpicos 2016 ainda teve dois momentos especiais. O primeiro, logo no início, foi um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do acidente com o avião da Chapecoense, que na noite desta quarta-feira disputaria a final da Copa Sul-Americana contra o Atletico Nacional, da Colômbia.

O segundo aconteceu próximo ao fim do evento, quando a ex-atleta Márcia Malsar, dona de quatro medalhas paralímpicas (um ouro, duas pratas e um bronze), recebeu de presente a tocha que carregou durante a cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016. Na ocasião, Márcia chegou a cair, mas levantou-se, recolheu a tocha, que não se apagou apesar da forte chuva no Maracanã, e seguiu o revezamento em direção à Pira Paralímpica.

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