No retorno de D’Ale ao Beira-Rio, Inter perde para o Novo Hamburgo
Com futebol apagado na primeira etapa, Colorado cede dois contra-ataques fatais ao Novo Hamburgo. Nico López descontou no segundo tempo, mas não evitou o tropeço em casa
Após 364 dias da última partida pelo Inter no Beira-Rio, o meia D'Alessandro reencontrou a torcida no estádio em um jogo oficial na tarde deste sábado. E o reencontro foi amargo: o Colorado jogou mal, não se encontrou em campo e, em dois contra-ataques fulminantes, o Novo Hamburgo fez 2 a 1, com gols de Preto e Jardel. Nico López descontou para os donos da casa.
Com o resultado, o Inter segue sem convencer em 2017. Na estreia no Gaúcho, o time empatou em 1 a 1 com o Veranópolis, fora de casa. Na pré-temporada, tropeços para Inter de Lages e Tubarão. Porém, o Colorado venceu o Brasil de Pelotas por 2 a 1, em duelo válido pela Primeira Liga.
Assim, o Inter caiu para nono na tabela e no momento estaria fora da próxima fase. O calvário, porém, pode ser ainda pior e o clube pode terminar a rodada em 11°. Oito dos 12 times se classificam. Mas ainda há tempo para se recuperar. E muito. Nove rodadas.
Já o Novo Hamburgo, que na estreia no campeonato tinha batido o Caxias por 1 a 0, chegou aos seis pontos e pelo menos provisoriamente assumiu a ponta da competição.
Com um baixo público, que não chegou aos 12 mil presentes e sob um forte calor, o Inter sofreu até mesmo para finalizar. A primeira chance clara só apareceu aos 10 minutos, quando Nico López cruzou D'Alessandro pela direita. O 'aniversariante' do dia limpou a marcação, chutou para dentro e obrigou Matheus a fazer uma bela defesa.
E foi só isso que o Inter produziu na primeira etapa. Aliás, tirando os minutos finais, a primeira metade foi sonolenta. O Inter sequer criava e os visitantes não encaixavam um contra-ataque (afinal, mal eram atacados).
Mas em um dos raros momentos ofensivos do Inter no primeiro tempo, o Novo Hamburgo encontrou um contra-ataque. D'Alessandro perdeu a bola no ataque e Branquinho arrancou pelo meio, tocando para Preto. O capitão do Anilado, pela direita, ajeitou para Jardel, que apenas devolveu para Preto empurrar para o fundo das redes. Três minutos depois, aos 44, Jardel ampliou novamente em contra-ataque. Este, porém, iniciado por João Paulo.
Não tinha saída. Zago se viu obrigado a mexer. E foi em dose dupla: Charles entrou no lugar de Fernando Bob e Andrigo roubou a vaga de Diego, que além de ter um primeiro tempo apagado, ainda tropeçou nas próprias pernas em um lance no primeiro tempo.
Charles, que se destacou no duelo com o Brasil de Pelotas, mudou a cara do jogo. Ele, inclusive, tinha grandes chances de sair jogando. O próprio comandante havia antecipado isso, mas adotou a cautela.
Outro que se destacou naquele jogo foi Junio, lateral-direito, que só entraria com 20 minutos de segundo tempo, substituindo Ceará. Junio, aliás, foi mais uma vez bem. Um pouco antes disso, a torcida clamou pela entrada de Seijas, mas em vão.
O Inter voltou do intervalo insistente. Uendel, Charles e Nico Lopéz tiveram grandes chances, mas sem êxito. E foi o próprio Nico quem fez a insistência colorada valer a pena.
Aos 26, Uendel foi à linha de fundo e cruzou para o uruguaio, na marca do pênalti, fazer o gol. Apesar do tento, o jogo estava equilibrado. Juninho, inclusive, chegou a marcar, mas a arbitragem anulou. Aparentemente, ele estava em condições legais. Em outro lance, este depois do gol, Assis cobrou bela falta que, por cima do goleiro, por pouco não entrou.