Blatter diz que vai apelar, que é saco de pancadas, e cita Nelson Mandela

Dirigente lembra que a Fifa permite acordos verbais, como o feito com Platini

Blatter teria revelado acordo para Rússia ser sede de 2018 (Foto: Fabrice Coffrini/ AFP)
Blatter está suspenso por oito anos (Foto: Fabrice Coffrini/ AFP)

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Suspenso por oito anos pelo Comitê de Ética da Fifa, Joseph Blatter, até então presidente da entidade, já reagiu à punição. O dirigente lamentou saber do caso pela imprensa, disse que tem levado muita pancada, lembrou que serve ao órgão há mais de quatro décadas, e ainda citou Nelson Mandela durante entrevista coletiva. Ele também confirmou que vai apelar da decisão.

- A decisão coloca um novo tsunami na Fifa. Eu lamento por ser o saco de pancadas da Fifa. Por que a imprensa recebeu a notícia antes das pessoas envolvidas? Eu não sei. Vamos imediatamente apelar novamente no comitê da Fifa, e então vamos à Corte Arbitral do Esporte (CAS), e então à Corte Suíça - disse Blatter, para depois falar sobre o ex-presidente da África do Sul:

- Nelson Mandela falava de humanidade. A humanidade precisa apenas que as pessoas sejam respeitadas. Digo isto porque humanidade pelo futebol era o slogan de 2010 (da Copa do Mundo) e foi criado por Mandela. Digo isto recebi agora a notícia da suspensão.

O dirigente ainda falou sobre o caso, mais especificamente. A punição aconteceu por causa de um pagamento feito em 2011 da Fifa para Platini, porém, de um serviço feito pelo francês ainda em 1999, mas sem documentos formais. Blatter lembrou que a entidade mundial permite acordos verbais.

- Vocês podem achar que sou um otimista. Eu achei que tinha convencido eles. O pagamento entre o presidente da Fifa e Michel Platini foi feito fora do contrato, pois ele nunca existiu. Achei que estávamos claros. Chamamos isso de um acordo de cavalheiros - explicou.

Blatter ainda lembrou exatamente como foi feito o acordo ainda no século passado, e como foi a negociação com Platini, então apenas um ex-jogador e membro da organização da Copa do Mundo de 1998, que foi na França.

- Aconteceu em 1998, logo após a Copa do Mundo, quando Platini chegou para mim e disse que gostaria de trabalhar na Fifa. Ele disse: "sou um homem muito caro". Eu disse que tudo bem, mas que não poderíamos pagar naquele momento, que pagaria depois. O que me deixa transtornado é que eles (Comitê de Ética) negue a existência deste acordo - concluiu.

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