Dele Alli conta história de envolvimento com o tráfico de drogas na infância e vícios em remédios

O jogador afirmou que pensou em se aposentar aos 24 anos, depois de não atender as expectativas

Dele Alli - Tottenham
Dele Alli conta sobre envolvimento com tráfico de drogas e abuso na infância (Reprodução / Twitter)

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Em uma entrevista realizada ao ex-jogador Gary Neville, o meia Dele Alli ganhou a comoção do público nas redes sociais, após tristes revelações sobre o seu passado. O jogador revelou que já teve envolvimento com o tráfico de drogas e chegou a ser usuário, além de ter sido abusado sexualmente.

— Aos sete, comecei a fumar. E aos oito comecei a traficar. Uma pessoa mais velha me disse que a polícia não parava uma criança de bicicleta. Então, eu andava com minha bola de futebol, e por baixo eu carregava a droga. — disse Alli.

O meia revelou que sua mãe era alcoólatra, e foi abusado sexualmente de um amigo dela, aos seis anos. Além disso, aos 11 anos, Dele Alli foi ameaçado de morte por um homem que tentou enforcar ele. Porém, aos 12 anos o jogador foi adotado e foi aí que a vida dele mudou.

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— Aos 12, me adotaram. Foi uma família incrível, e eu não poderia ter pedido pessoas melhores para fazer o que fizeram por mim — contou o meia.

Aos 24 anos, Dele Alli afirmou querer se aposentar, após ter sido considerado uma das joias do futebol mundial, mas não ter alcançado o que se esperava do inglês.

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— Em uma manhã, me levantei e teria que treinar. Lembro que me olhei no espelho e perguntei se poderia me aposentar. Com 24 anos, fazendo o que gostava. Para mim, foi desesperador. Sempre fui eu contra eu mesmo em tudo. Estava preso em um ciclo ruim e em coisas que estavam me fazendo mal. — afirmou.

Depois de uma passagem ruim pelo Besiktas da Turquia, ele percebeu estar viciado em remédios para dormir e decidiu procurar uma clínica de reabilitação.

— Tenho medo de falar sobre isso. Quando voltei da Turquia e descobri que precisava de uma reabilitação. Estava mentalmente muito mal e decidi ir para um centro de reabilitação de saúde mental. Eles tratam vícios e traumas. Senti que era o momento. Eles não podem dizer para você ir, você tem que saber e tomar a decisão sozinho, ou não vai funcionar — explicou.

O meia também contou como chegou ao ponto de se viciar em remédios.

— Foi acontecendo por muito tempo, sem que eu percebesse. Estava usando para disfarçar os sentimentos que eu tinha, não entendia que eu estava fazendo de propósito. Eu definitivamente abusei deles. Se tornou ruim em alguns pontos, e não entendia o quanto era ruim, nunca lidei com o problema na raiz. Quando cresci, os traumas que tive, os sentimentos, tentei lidar com isso sozinho. Me perdi por anos — concluiu o jogador.

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