Pool da Copa: ‘Nós não chegamos na área do adversário’

Como é que, com jogadores como Messi, Agüero ou Higuaín, faltam gols? Uma máxima diz que na área não há necessidade de estar, você tem que chegar. Chegamos pouco ...<br>

Nigéria x Argentina
Olé trata classificação argentina como milagre de&nbsp;São Petersburgo (Foto: AFA)

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Um gol de Kun, outro de Messi e o inesquecível de Rojo. Um gol por jogo em média que nos permitiu milagrosamente ir para a fase eliminatória, a verdadeira Copa do Mundo que estávamos prestes a ficar de fora. Nos falta gols? Sim, é uma resposta óbvia. Como é que, com jogadores como Messi, Agüero ou Higuaín, faltam gols?

Existem muitas causas. A primeira, somos uma equipe que não gera muitas situações para os nossos atacantes. Como não há dinamismo, eles ficam isolados, geralmente em inferioridade numérica e tendo que lutar sozinhos. Esses mesmos três gols que fizemos explicaram o problema um pouco. 1) Rojo chuta para o gol, bate mal,a bola sobra para Kun, que faz um grande movimento dentro da área e marca. Isto é, por acaso. 2) passe sensacional de Banega, Messi controla a coxa esquerda e antes de a bola tocar o chão leva a perna esquerda para fora, para diminuir o zoom e ganhar o ângulo para um tiro cruzado. Golaço. Mas Messi estava sozinho e o argentino mais próximo, a um campo de distância. 3) Cruzamento de Mercado, chute de primeira de Rojo dentro da área, que também tinha apenas os Kun e onde entrava Pipa, contra cinco nigerianos, mais o goleiro. É claro, um verdadeiro milagre dentro do milagre conhecido.

Uma máxima diz que na área não há necessidade de estar, você tem que chegar. Nós chegamos pouco. Exceto Di Maria, não temos meio-campistas que pisam na área com determinação e até com a confiança dos atacantes. Acima, Fideo está andando baixo. Enzo Pérez não é mais o juvenil, que saiu como uma flecha e acabou debaixo do arco. Hoje é mais cerebral, bom transeunte, serve para controlar a bola e pode chegar, mas não com tanta frequência. Banega é um lançador e chega esporadicamente. Masche está diretamente para proteger à zaga, não é permitido o acesso de credenciais área do adversário ... Se os meios de comunicação clamam fora Meza, Masche, Lo Celso e Di Maria, para dar exemplos dos 23, claramente são os mais dinâmicos e mais próximos e não dependeríamos tanto da sorte. Mas também é claro que a Argentina precisa continuar a sustentar a tese de que é forte na defesa diante do milagre que foi este cruzamento com a França.

O grande Pachorra Sabella já avisou disso quando os quatro fantásticos gozavam de boa saúde, mais vitalidade e menos anos. Chegamos à final do Brasil sendo a equipe do Mascherano, defesa e coração. Ele atacou quando pôde, ao invés de consertar os melhores, para mostrar como eles eram fantásticos e, obviamente, não havia quatro. Agora vai ser a mesma receita e não pode ser de outra maneira. Vai ser heróico, sofrido e ganharemos apostando com alguma escapada do exposto, ou Di Maria, um centro para a Rojo ou rebote de Mercado. Depois do milagre de São Petersburgo, você precisa se apegar ao velho coração dos históricos, que são cem por cento de suas possibilidades físicas. Defenda-se com força, tente segurar a bola e Messi esfregue a lâmpada da genialidade. Ou conecte-o no fio. Nós não devemos dar nenhuma vantagem. É hora de cerrar os dentes, nada de audácia ou ataques excessivos.

* O Pool da Copa é a união de grandes veículos de comunicação do mundo para um esforço de troca de informações. O objetivo é manter seus leitores por dentro do que acontece com as seleções de outros países, porém, com uma visão local.

Montagem Lance!/Olé
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