Papo com Helio Castroneves: Tempos de refletir e acelerar

Piloto brasileiro fala sobre sua participação na corrida no Texas, a 2ª etapa do NTT IndyCar

Helio Castroneves e Simon Pagenaud
Castroneves ultrapassa Simon Pagenaud, seu companheiro de equipe, durante a corrida no Texas (Foto: Chris Jones/Penske Entertainment

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Tudo bem, pessoal? Espero que sim. Quero começar minha coluna desta semana desejando a todos uma Feliz Páscoa. É um momento para reunir a família e confraternizar. E os ovos de Páscoa? A molecada adora! Mas não podemos esquecer o principal motivo desta festa cristã, que é relembrar os sacrifícios de Jesus Cristo e reafirmar o propósito de viver sob seus ensinamentos.

Hoje é também o Dia do Jornalista. Quero mandar os parabéns para todos, em especial para os queridos profissionais do LANCE!, e agradecer todo o carinho e respeito que recebo da imprensa ao longo desses anos todos. Essa boa convivência permitiu, felizmente, que alguns jornalistas se transformassem em amigos caros. Meu abraço aos que se dedicam a reportar para o público o que acontece no nosso automobilismo.

E por falar em pista, no último domingo (2) aconteceu, no Texas Motor Speedway, a segunda etapa do NTT IndyCar Series. Na prática, para mim foi como se fosse a estreia porque, como vocês sabem, minha corrida em St. Pete durou apenas alguns metros por causa do acidente ainda na curva 3.

Me classifiquei muito mal no Texas, apenas em 21º lugar, porque o comportamento do carro não estava como a gente queria. Não estava dando para entender tanta instabilidade. No treino após o Qualifying, essa situação ficou mais acentuada e parei porque estava ficando perigoso. Foi aí que a gente verificou um problema sério na caixa de câmbio. Graças a Deus percebemos isso com o carro parado, pois seria um acidente feio se o câmbio quebrasse em plena pista.

Para a corrida, eu e o Adam Rovazinni, meu estrategista, traçamos um plano para chegar ao final da prova de qualquer maneira, evitando se envolver em acidentes, mesmo que isso representasse perder posições na primeira parte da corrida. Definitivamente, o meu #06 da Meyer Shank Racing não era o carro mais rápido, e o negócio era fazer tudo com muita paciência.

Foi o que fiz. Com muita calma e aproveitando as circunstâncias da prova texana, ganhei posições de forma consistente. Consegui também me livrar de acidentes que aconteceram na minha frente, mas escapei por pouco em pelo menos dois deles. No final, o fato de terminar em 10º foi importante. Mostrou que nossa estratégia era boa e representou avanço na pontuação.

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De verdade, representou um ânimo novo. Mas digo isso não apenas pelo resultado, mas principalmente porque a equipe se mostrou coesa e eficiente, trabalhando duro para resolver os problemas sem desanimar, muito pelo contrário. O entrosamento do time se mostrou incrível, méritos de sobra no coletivo e no individual.

Na semana que vem, nos dias 14, 15 e 16, vamos todos para Long Beach para disputar a rodada 3 do campeonato. É uma corrida de rua difícil, mas vou com tudo para melhorar mais ainda. Depois da prova na Califórnia, vamos para o Alabama, cuja corrida acontece em 30 de abril. Entre ambas, teremos dois dias de testes em Indianápolis (20 e 21), servindo como aquecimento para o Super May.

Vou terminando por aqui. Forte abraço a todos e até semana que vem.

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