Valencia, troca de posições e defesa: o que o empate do Bota teve de bom
Chileno esteve longe de ter grande atuação, mas revezou-se entre duas posições e foi o melhor jogador do Botafogo contra o Madureira. Zaga tem outra atuação segura
Apesar da má impressão deixada no empate sem gols com o Boavista, há coisas boas a serem extraídas da noite do último sábado no Nilton Santos. Comecemos pelo meia Leo Valencia. Por mais que tenha passado mais um jogo em branco (agora são 20) e não ter tido uma grande exibição, foi o melhor do Alvinegro em campo e responsável pela metade das finalizações do time no jogo (cinco de dez).
Em uma dessas finalizações, a primeira dele, Valencia apareceu de surpresa na ponta direita e surpreendeu o goleiro Douglas, que foi esperto. Meia centralizado, o chileno caiu para aquele lado por determinação do técnico Felipe Conceição, que também inverteu os pontas Rodrigo Pimpão e Luiz Fernando em alguns momentos.
Analisando o resultado, claro, não foi um ponto positivo, mas quando pensa-se em sequência da temporada, o Botafogo ganha mais opções para surpreender ofensivamente.
O 0 a 0 com o Tricolor Suburbano ainda teve a defesa como ponto positivo. Apesar do pênalti cometido por Jefferson, ignorado pela arbitragem, o Botafogo mostrou segurança no setor, chegou ao segundo jogo consecutivo sem ser vazado e tem a melhor defesa do seu grupo, com três gols contra. Somando os dois grupos, só perde para o Flamengo, que ainda joga, e não foi vazado.
Falar dos pontos negativos do Botafogo não é difícil. O que mais saltou aos olhos foi a dificuldade para sair jogando lá atrás, com Jefferson, ou um pouco mais à frente, com Matheus Fernandes. Como consequência, o Madureira sufocou o Alvinegro em alguns momentos, que, desconsiderando a fragilidade técnica do rival, se segurou.
Demais pontos negativos: pouca criatividade, má pontaria e estreia apagada de Kieza, que entrou no lugar de Brenner, outro que deixou a desejar.
