O ‘Não’ de Diogo Barbosa reacende a rivalidade entre Botafogo e Flamengo nas negociações

Lateral foi ventilado no Rubro-Negro, porém, descartou qualquer possibilidade de defender o rival. Mas os dois clubes já trocaram 'chapéus' fora das quatro linhas

Fernando Macaé foi anunciado pelo Flamengo, mas apresentado pelo Botafogo
(Foto: Arquivo Pessoal)

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O lateral Diogo Barbosa descartou qualquer possibilidade de trocar o Botafogo pelo Flamengo. O suposto interesse do Rubro-Negro no jogador acabou fazendo os dirigentes dos dois clubes reviverem o caso de Willian Arão, que no fim do ano passado se desligou do Glorioso para ser titular do time flamenguista. O caso está na Justiça até hoje, com os dois clubes longe de um acordo.

Porém, Arão não foi o único momento de tensão envolvendo os dois clubes. Botafogo e Flamengo já trocaram chapéus no futebol e isso vem de longa data. O LANCE relembrou alguns casos:


FERNANDO MACAÉ


O maior "chapéu" que se tem história no relacionamento entre os dois clubes aconteceu na década de 80, envolvendo o atacante Fernando Macaé, que despontava pelo Bangu. O jogador foi procurado pelo Flamengo e acertou de boca a sua ida para a Gávea. Os dirigentes do Rubro-Negro gravaram entrevistas confirmando a data da apresentação do jogador. Porém, não havia a assinatura de contrato e o Botafogo agiu rapidamente. Depositou para o Bangu o valor do passe do jogador e ainda adiantou luvas. O desfecho foi que Fernando Macaé, esperado na Gávea, acabou sendo apresentado no Botafogo.


CARLOS ALBERTO DIAS

No início dos anos 90 o Botafogo acertou um pré-contrato com Carlos Alberto Dias, habilidoso meia que despontava no futebol paranaense. Porém, o Flamengo entrou no circuito e pagou a passagem do jogador para o Rio de Janeiro, inclusive o levando para treinar na Gávea. Porém, o então presidente do Botafogo na época, Emil Pinheiro, famoso bicheiro carioca, fez valer o pré-contrato e o jogador acabou retornando ao Botafogo sob pena de ficar impedido de jogar.

Por um capricho do destino, Carlos Alberto Dias decidiu um clássico contra o Flamengo e ainda marcou o gol do título carioca de 1990 na final contra o Vasco.


RENATO GAÚCHO E BUJICA

O episódio envolvendo Carlos Alberto Dias, que quase foi parar na Justiça, esquentou de vez o relacionamento entre Emil Pinheiro e a diretoria do Flamengo. Só que o presidente do Botafogo era um homem muito rico e não deixava de gastar quando o assunto era a contratação de reforços. No ano seguinte, em 1991, ele percebeu a oportunidade de tirar do rival Renato Gaúcho, na época um dos principais atacantes do futebol nacional. E foi o que aconteceu.

Em 1991 Renato Gaúcho trocou o Flamengo pelo Botafogo, que também tirou do rival Bujica, um centroavante folclórico que tinha surgido com destaque no time da Gávea ao marcar dois gols em um clássico contra o Vasco que marcou a estreia de Bebeto com a camisa vascaína. Essa, outra negociação de final indigesto para os flamenguistas.

No caso da negociação de Renato Gaúcho o Flamengo riu por último, pois os dois clubes decidiram o Brasileiro de 1992 e o Rubro-Negro foi campeão. Já o ponta-direita acabou "expulso" do Glorioso e sequer jogou o segundo jogo da final porque após os 3 a 0 da primeira partida se deixou filmar na festa de comemoração do centroavante Gaúcho, então no Flamengo.


IRANILDO

O Botafogo campeão brasileiro de 1995 tinha um talismã. Era Iranildo, que entrava no segundo tempo dos jogos e costumava ajudar nas vitórias. Após o caneco, porém, o jogador, então vinculado ao Madureira, acabou se transferindo para o Flamengo em uma jogada de gênio do então presidente Kléber Leite, que conseguiu convencer Elias Duba, comandante do Madureira, a liberar o jogador por uma negociação lucrativa para o clube suburbano.

Na época o fato gerou a revolta de Carlos Augusto Montenegro, presidente do Botafogo, que ironizou Iranildo após o Alvinegro ganhar a Taça Cidade Maravilhosa de 1996. O jogador não teve grande sucesso no Flamengo.


CLAITON

Dez anos depois, no fim de 2006, o Flamengo voltou a aplicar um "Chapéu" no Botafogo ao contratar o volante Claiton, que tinha se destacado pelo clube alvinegro no Campeonato Brasileiro.

A negociação irritou o presidente botafoguense Bebeto de Freitas, que quase cortou relações com Márcio Braga, na época à frente do Flamengo. Claiton fez parte do elenco campeão carioca de 2007 pelo Rubro-Negro, justamente em uma decisão com o Glorioso.


WILLIAN ARÃO

O caso mais recente envolvendo os dois clubes está na Justiça até hoje e se refere aos direitos federativos do volante Willian Arão. O Botafogo tenta fazer prevalecer a renovação de contrato automática que obrigaria o jogador a permanecer em General Severiano até o fim de 2016.

Porém, Arão não aceitou receber o dinheiro que o Botafogo deveria pagar pela renovação de contrato, alegando que a Fifa já tinha acabado com a renovação automática. Em seguida o jogador acertou com o Flamengo.

O caso revoltou o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, que cortou relações com Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo.

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