Erros se repetem, mas Bota mostra força em virada inédita no ano

Raça e entrega foram fundamentais para o time de Alberto Valentim ofuscar gols por cima, o que vem trazendo dor de cabeça, contra o Vasco. O técnico enalteceu os 'guerreiros'

Foi com emoção. Num clássico movimentado, o Botafogo venceu o Vasco na noite desta quarta-feira, no Nilton Santos, e avançou à decisão da Taça Rio. Igor Rabello, que fez o gol que garantiu a vaga, foi o melhor em campo. Gatito, Luiz Fernando e Brenner também se destacaram no 3 a 2. Confira, a seguir, as notas do L! (avaliações por Lazlo Dalfovo - lazlodalfovo@lancenet.com.br)
Jorge Rodrigues/Eleven

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Não teve como escapar. Apesar da empolgante virada diante do Vasco, pela semifinal da Taça Rio, Alberto Valentim teve que responder perguntas sobre o quesito bola aérea, decisivo para os dois lados - quatro gols saíram por cima na vitória do Glorioso por 3 a 2, no Estádio Nilton Santos.

O time de Valentim ainda saiu na frente, mas viu a zaga perder duas bolas pelo alto, uma vez com Igor Rabello e outra, com Marcelo, em ambas cobranças de escanteio da esquerda, via Paulinho. É uma dor de cabeça que já assolava Felipe Conceição. 

- Comigo, eu acho que tomei só dois (gols de bola aérea). Contra o Flamengo, estava impedido. Vi um vídeo de 12 minutos e alguns segundos. Ficamos 45 minutos numa sala para corrigir a bola aérea. Não posso cobrar deles se o jogador está impedido. Falta lateral, a gente procura o máximo sair na batida da bola. Como corrigir? Só treinar, treinar e treinar - falou Valentim, em entrevista coletiva logo após a classificação à final. 


Agora precisamos falar sobre Rabello, que vinha sendo vaiado no início, assim como Benevenuto. A torcida pedia Joel Carli, mas mal sabia ela que ia comemorar a classificação com o gol do General. O zagueiro esbanjou personalidade ao dar a primeira virada do Botafogo na temporada e o primeiro triunfo do time em clássicos - em quatro jogos, tinha empatado uma e perdido três. Ele refletiu bem o caráter determinado do time.

Rabello acabou sendo o destaque da partida, pois deu uma assistência, além do gol crucial e da homenagem a João. Sem João, aliás, o volante Marcelo foi a opção e esteve bem em campo, embora suas características fujam consideravelmente da do antigo capitão alvinegro. 

Deixando um pouco a questão da bola aérea para escanteio, o Botafogo, tecnicamente, espirrou o taco em diversas ocasiões. Marcos Vinícius, por dentro, foi discreto, enquanto Valencia quase não foi efetivo, apesar do cruzamento para o gol de Brenner, que abriu o placar. Já Luiz Fernando, autor do segundo, mostrou que tem credencial de sobra para voltar ao time titular. 

De resto, há de se apontar a pouca participação ofensiva dos laterais, justificada pela intensidade dos ariscos Paulinho e Riascos do outro lado. No entanto, o que fica da inédita virada em 2018 é um alento por dias melhores e os resquícios da equipe do ano passado, que tinha a garra e a superação como pontos fortes. Que venha o desafio da decisão da Taça Rio, no domingo. 

- Tem que ter um time aguerrido e organizado. Em vez de fazer o gol, acabamos tomando se estiver desorganizado. Que são guerreiros, eu não estou mentindo - sinalizou Alberto Valentim. 

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