Vasco reencontra a família Díaz pela terceira vez após o emblemático 'no va a bajar'
Reencontro em São Januário acontece em meio a mágoas e polêmicas

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Vasco e Internacional se enfrentam nesta sexta-feira (28), às 19h30 (de Brasília), em São Januário, em um duelo crucial para a parte de baixo da tabela do Brasileirão. Além da importância esportiva, a partida marca também o terceiro reencontro do clube carioca com Ramón Díaz e seu filho Emiliano, hoje adversários, desde a conturbada saída da dupla de São Januário. As duas primeiras oportunidades ocorreram em 2024 quando a dupla comandou o Corinthians. Em ambas ocasiões vitória do time paulista: 3 a 1 e 3 a 0.
A era Ramón Díaz no Vasco e o impacto do "no va a bajar"
Contratados em 2023 para tentar salvar o Vasco do rebaixamento, Ramón e Emiliano assumiram o time na 16ª rodada, quando o clube ocupava a 17ª posição e somava apenas 12 pontos em 15 jogos. A recuperação veio com força: sob o comando da dupla, o Cruzmaltino conquistou 33 pontos em 22 partidas e permaneceu na Série A.
Porém, não foi apenas o desempenho em campo que marcou a passagem do treinador argentino. Em meio à pressão e ao clima delicado vivido pelo clube, a frase "Vasco no va a bajar" — repetida com firmeza por Ramón — virou lema motivacional. O bordão rapidamente ganhou as arquibancadas, estampou camisas e se transformou em um símbolo emocional para jogadores e torcedores na corrida para escapar do rebaixamento. O carisma do técnico e seu discurso de resistência criaram uma conexão forte com a torcida, que o via como um líder capaz de inspirar o elenco no momento mais difícil da temporada.
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A saída turbulenta e a disputa de versões
A relação, que parecia sólida, desmoronou após a derrota por 4 a 0 para o Criciúma, em São Januário, no Brasileirão de 2024. Horas depois do jogo, o Vasco anunciou nas redes sociais que Ramón e Emiliano estavam desligados da comissão técnica. O episódio deu início a uma controvérsia que se estenderia por semanas.
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A diretoria afirmou que pai e filho haviam pedido demissão ainda no vestiário. Ramón, porém, negou publicamente ter deixado o cargo por iniciativa própria, alegando que só soube da demissão "pelo Twitter" e classificando a situação como desrespeitosa. A forma abrupta e contraditória da saída deteriorou de vez a relação entre clube e treinador.
Declarações polêmicas e desgaste com a torcida
Após assumir o Corinthians, Ramón Díaz voltou a falar sobre o período em São Januário — e suas declarações ampliaram a distância com a torcida vascaína. Em entrevista coletiva, o técnico afirmou que "o Corinthians é muito maior que o Vasco", justificando a comparação ao elogiar a estrutura e o elenco do clube paulista. A fala repercutiu mal em São Januário, vista como desnecessária e desrespeitosa por muitos torcedores.
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O argentino também criticou o ambiente vivido no Vasco, mencionando jogos sem mando, clima conturbado e atraso de salários — chegando a dizer que "não pagaram nada do ano passado". As queixas geraram respostas da diretoria, que acusou Ramón de desconhecer e desmerecer o tamanho da instituição. Mesmo após tentar amenizar o tom, dizendo que não havia faltado com respeito, o desgaste já era realidade.

Com tudo isso no passado recente, o duelo desta sexta-feira ganha contornos emocionais. A torcida cruzmaltina encontrará novamente a família Díaz — agora como adversária —, enquanto o Vasco busca pontos fundamentais na luta contra a parte de baixo da tabela. Entre lembranças do "no va a bajar" e mágoas acumuladas, o reencontro promete ser mais do que apenas um confronto dentro das quatro linhas.
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