LANCE! Espresso: O resgate do Vasco não passa por emboscadas em seu próprio quintal
Clube é refém de dirigentes que deveriam estar lá para protegê-lo

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Aconteceu mais uma vez. Membros de uma torcida organizada do Vasco invadiram ontem o CT para cobrar jogadores e o treinador Ricardo Sá Pinto. Alguns deles sem máscara, gritando palavras de ordem a poucos centímetros do grupo.
Sem arquibancadas para protestos, mais uma vez o que se viu foi uma cena grotesca. Nada justifica a invasão do local de trabalho dos atletas, com ameaças nada veladas. Uma prática que não pode ser mais tolerada e que não se coíbe com inúteis notas oficiais dos clubes após os episódios. O Vasco em campo é hoje o mero reflexo da bagunça de sua própria política, incapaz até mesmo de chegar a um consenso sobre o novo presidente.
Endividado, sem credibilidade no mercado e há muitos anos sem conseguir montar elencos à altura de sua história. Dói para o torcedor ouvir isso, mas o Cruz-Maltino atualmente é, sim, um figurante no futebol brasileiro, refém de dirigentes que deveriam estar lá para protegê-lo e, principalmente, resgatá-lo.
O Vasco é o primeiro time na zona da degola e ainda tem tempo para se livrar do que seria o quarto rebaixamento desde 2003. Os jogadores têm responsabilidade direta sobre o papel desempenhado no gramado, mas, até que se prove o contrário, batalham para evitar que a queda atinja também seus próprios currículos. O Vasco precisa retomar sua dignidade. O caminho é longo, mas não passa por emboscadas dentro do seu próprio quintal.
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