‘Parecido com Martin’, Fernando Miguel quer honrar história do Vasco

Além do uruguaio, novo goleiro lembra de Carlos Germano, se diz convicto por ter feito grande escolha e comemora chance da carreira: 'É uma camisa de tradição e títulos'

Fernando Miguel
João mercio

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Aos 33 anos, a maioria dos atletas de futebol já está chegando na reta final da carreira. Mas para Fernando Miguel, novo goleiro do Vasco, a grande chance só veio agora. Depois de rodar por nove clubes de menor expressão, vestir a camisa cruz-maltina é motivo de alegria e orgulho. O reforço foi apresentado nesta quarta-feira em São Januário.

- É uma alegria muito grande, oportunidade que tenho maior orgulho de receber. Fui recebido muito bem pela diretoria, torcida e elenco. Convicto de que fiz uma grande escolha. Camisa do Vasco carrega tradição e títulos. É uma honra - afirma o goleiro, ao lado de Alexandre Campello.

As passagens por clubes como Brasil de Pelotas, Juventude e Vitória servem de aprendizado para Fernando Miguel. E o fato de nunca ter jogado por um campeão brasileiro não atrapalha em nada. A motivação é sempre evolui no futebol. 

- Tenho muito orgulho por todos os clubes que passei. E orgulho por estar em uma ascendência. Chegar no Vasco é uma valorização grande, uma oportunidade de vestir uma camisa pesada. Espero corresponder e continuar evoluindo. Não importa o fato de não ter jogado por clube grande no futebol brasileiro. Estou tendo essa oportunidade aos 33 e não olho para idade. Vejo por aquilo que pulsa dentro de mim, que é a disposição de seguir crescendo na carreira. Vou encarar junto com o Vasco os desafios pela frente.

O goleiro chega ao Vasco, inicialmente, para compor elenco. A vaga entre os titulares está consolidada: Martin Silva é ídolo da torcida. A saída do uruguaio para Copa do Mundo é a brecha para Fernando Miguel entrar na disputa. Ele exalta o camisa 1, diz que tem personalidade parecida e lembra o histórico de goleiros do clube.

- É motivo de muita alegria trabalhar com Martin, que disputará Copa do Mundo. Ele tem grande perfil, qualidade, e espero somar para que o Vasco fique numa situação cada vez melhor. Sou parecido com Martin, reservado, discreto. Ele fez toda a recepção, me deixou super à vontade. É um orgulho muito grande, um prazer trabalhar com um atleta desses. Essa camisa tem história, goleiros de peso como Carlos Germano. É um início de um ciclo, de um novo momento. Espero crescer com o clube.

Você participou daquela confusão entre Bahia e Vitória recentemente. E sua estreia pelo Vasco, provavelmente será contra o Tricolor em Salvador. Como foi aquele momento?
- Estive naquela confusão. É algo que manchou, me entristeceu. Fiquei constrangido. Aquilo não é futebol, não é esporte. O Bahia é um grande clube. Um adversário difícil que vamos ter todos cuidados pra gente ir pra Salvador tentar a vitória. Eles vão nos trazer muitas dificuldades

Você chegou a conversar com jogadores do Bahia após o episódio?
- Conversei na mesma hora. Percebi a dimensão do erro que as duas equipes estavam cometendo. Falei com Vinícius (meia do Bahia). Não faz parte do meu perfil de atleta ou de ser humano.

No jogo-treino nesta semana, no CT das Vargens, um lance chamou atenção: sua reposição de bola ligando direto no atacante. Acha que é uma de suas armas para buscar a titularidade?
Foi em um momento que pensei rápido. Mas não quer dizer que seja uma estratégia, seja a única característica. A leitura dos jogos tem que ser feita. Se sentir seguro para lançar, farei. Sou um atleta que procura sempre melhorar. Pode ser como um goleiro-goleiro, ou ajudando em outras situações de jogo.

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