Castan nega atrito com Cano e fala sobre camisa LGBTQIA+ do Vasco: ‘Fui, teoricamente, obrigado a vestir’

Em entrevista coletiva, zagueiro esclareceu a polêmica, disse que resolve os problemas internamente, e pregou respeito: 'Eu sou o primeiro a respeitar a instituição e o torcedor'

Leandro Castan - Vasco
Leandro Castan voltou de lesão e fez um bom jogo pelo Vasco diante da Ponte Preta (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

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Em entrevista coletiva no CT Moacyr Barbosa, o zagueiro Leandro Castan comentou sobre o episódio polêmico em que fez uma postagem bíblica ("Sejam férteis, multipliquem-se e encham a terra") na época em que o Vasco anunciou diversas ações em prol do movimento LGBTQIA+. Entre elas, um uniforme especial para enfrentar o Brusque, no primeiro turno, com a faixa nas cores do arco-íris. 

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- Pode ter certeza que aqui no Vasco nunca faltou respeito. Eu sou o primeiro a respeitar a instituição e o torcedor. Tenho gratidão pelo Vasco. No momento no qual expus o que acredito, quando eu fui, teoricamente, obrigado a vestir uma camisa, acho que algumas pessoas não gostaram. Mas eu respeito a todos e também acho que tenho de ser respeitado - revelou o capitão cruz-maltino.

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O defensor também negou qualquer atrito com o atacante Germán Cano e disse que procura resolver todos os problemas internamente. Na época, o argentino protagonizou uma cena emblemática ao erguer a bandeirinha arco-íris. O ato ganhou o mundo e entrou para a história do Vasco como forma de resistência e luta pela questão social.

- Sei que tem gente que pega no meu pé, que fala que estou mal. Mas os números estão aí. Sou muito crítico. Teve um jogo nesta temporada que fui mal, o contra o São Paulo. Então, sei que parece que aquele jogo valeu por 20. Sei que tem relação com o episódio do Brusque. Ficou marcado para mim. Eu, como cristão, processando a minha fé, é aquilo que eu penso. Não ficou nenhum desconforto. Muitos falaram que teve problema comigo e com o Cano. Não tivemos. E, se tivemos, resolvemos no vestiário. Não sei a que tipo de capitão as pessoas estão acostumadas - disse, e em seguida completou:

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- Eu sou um capitão que resolve as coisas internamente. Não sou o cara que vai brigar na frente de todo mundo para querer aparecer. Tenho algumas referências, como Totti, do De Rossi, do Ronaldo e do Roberto Carlos. São líderes com os quais trabalhei. Procuro usar esses caras como espelho. É claro que não sou perfeito. Vou errar. A gente resolve as nossas coisas dentro de vestiário. Pode ter certeza de que aqui no Vasco nunca faltou cobrança e respeito - finalizou.

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