Campello revela cobrança no Vasco: ‘Com o elenco que temos, deveríamos estar numa posição bem superior’

Dirigente emitiu áudio à imprensa destinado à torcida em que cita o tom da conversa no vestiário após a goleada para o Ceará; critica também a briga judicial entre Leven e Salgado

Alexandre Campello
Alexandre Campello vive as últimas semanas à frente do clube de São Januário (Paulo Fernandes/Vasco.com.br)

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Diante da turbulência dentro e fora de campo, o presidente do Vasco falou. Em suas últimas semanas de mandato e sem ter sido reeleito, Alexandre Campello segue à frente do clube e revelou que a cobrança no vestiário de São Januário após a derrota do time para o Ceará, na última segunda-feira, foi forte. A declaração foi dada à imprensa, mas direcionada à torcida. Confira:

Momento do futebol
"Bem, vascaínos. O que eu posso falar sobre o momento atual do clube é que, obviamente, nós, da direção, e eu pessoalmente estou muito decepcionado com o rendimento, assim como qualquer outro vascaíno. Bastante insatisfeito, as cobranças têm acontecido. Na segunda-feira, no vestiário, tivemos uma conversa dura, de cobrança feita a todos. Comissão técnica, funcionários, jogadores e à própria diretoria. Entendemos que é um momento que requer uma concentração muito grande, que cada um de nós, atletas e demais profissionais precisam dar uma entrega maior para sairmos desta situação. É inadmissível que o Vasco esteja na posição que está no Campeonato Brasileiro com o elenco que tem. O Vasco não tem um elenco que justifique estar nessa posição. Acredito que, com o elenco que temos, deveríamos estar numa posição bem superior à que nos encontramos hoje. Por outro lado, acredito na recuperação da equipe. Já a partir do jogo de amanhã, contra o Defensa y Justicia, vamos ter uma postura diferente do último jogo. E espero que, daqui para frente, todos os jogos tenham um comportamento bastante diferente do que tivemos diante do Ceará. Foi um motivo de vergonha para todos nós. Isso não pode e não deve continuar. Acredito que essa retomada começa na quinta-feira."

Transição política
"Em relação à turbulência política, temos visto recentemente algumas manifestações de agentes políticos que se preocupam muito mais com suas ambições pessoais,políticas, sem se preocupar com o clube. O que esses candidatos estão fazendo em relação ao clube é algo deplorável, reprovável e que tem afetado diretamente a vida do clube. Tenho sido perguntado frequentemente sobre a transição e quero deixar muito claro para o torcedor vascaíno que a transição vai acontecer, vai ser feita de forma tranquila, mas, antes, eu preciso, antes, saber quem vai me suceder. Há uma indefinição na Justiça, embora um ou outro grupo entenda que é essa eleição do dia 7 ou do dia 14 que vale, mas o que a gente precisa é de uma decisão da Justiça para que façamos uma transição da melhor maneira possível. E ela será feita. Posso assegurar a você, torcedor, que essa transição será feita da melhor maneira possível. Mas é importante que entendamos que quem for eleito será para um mandato que começa depois do dia 15 de janeiro. Portanto, toda a gestão do clube até esta data é da atual diretoria, que não se furta, que não se esquiva de passar informações, trabalhar em conjunto com quem quer que seja, desde que saibamos quem será o próximo presidente do clube. É isso que quero deixar claro aqui. A transição será feita no momento ideal. Agora, neste momento, acho que os candidatos deveriam se preocupar muito mais com o clube que vão assumir em janeiro, com as dificuldades que o clube tem enfrentado por conta dessa briga sem fim, dessa luta judicial que atrapalha em tudo. Então muitos contratos, muitos parceiros ficam em compasso de espera e não avançam em negociações por conta dessa indefinição, dessa insegurança. Então seria muito importante que houvesse, o mais rapidamente possível, uma definição e que, enquanto ela não acontece, que os candidatos se comportem pensando no clube e não somente em suas ambições pessoais."

-> Confira a tabela do Campeonato Brasileiro

Últimos momentos da gestão
"Não existe nenhum tipo de descontrole, o clube não está abandonado, essa gestão tem feito questão de trabalhar com afinco e está comprometida em entregar o Vasco, em janeiro de 2021, muito melhor do que o Vasco que recebemos em 2018. Esse é um compromisso dessa gestão que levamos muito a sério. Tenho certeza que o presidente que assumir em janeiro vai encontrar um Vasco muito melhor do que aquele que eu encontrei em 2018."

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