Amor e ódio! Lembre idas e vindas entre Eurico e técnicos do Vasco

Presidente do Cruz-Maltino oscila entre episódios nos quais apoia veementemente treinadores e vê desavenças falarem mais alto. Confira!

Jorginho recusou proposta do Cruzeiro
(Foto: Wagner Meier/Lancepress!)

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A maneira como Eurico Miranda defendeu com unhas e dentes a permanência de Jorginho no comando do Vasco não é uma postura inédita do atual presidente do clube. Em outros momentos, a intervenção do dirigente foi crucial para selar o destino de um treinador cruz-maltino, seja para apostar forte em seus respectivos trabalhos ou por um atrito nos bastidores de São Januário custar uma demissão.

O LANCE! enumera abaixo as idas e vindas entre Eurico Miranda e alguns técnicos que passaram pelo Vasco recentemente.

JORGINHO 

Encarregado de reerguer o Vasco no Brasileirão de 2015, conseguiu uma boa arrancada, mas não evitou o rebaixamento. Credenciado pela campanha acima da média na reta final (especialmente considerando os treinadores anteriores do clube), permaneceu e, após ter levado a equipe à decisão do Campeonato Carioca, viu Eurico Miranda contribuir para que ele recusasse uma proposta de assumir o comando do Cruzeiro.

ANTÔNIO LOPES 

Antônio Lopes tem o status de ser o treinador campeão brasileiro de 1997, da Copa Libertadores de 1998 e do Torneio Rio-São Paulo de 1999. Além de já ter passagens na gestão de Eurico Miranda entre 2002 e 2003 (quando obteve o título estadual de 2003) e também no ano de 2008, seu nome é respeitado pelo atual presidente e frequentemente cotado como técnico do Cruz-Maltino.

JOEL SANTANA

Com títulos estaduais por vários clubes (no Vasco, obteve as conquistas de 1992 e 1993), Joel Santana cumpriu uma missão para lá de árdua em 2000: chamado às pressas após a demissão conturbada de Oswaldo de Oliveira, conduziu os vascaínos à "Virada do Milênio" na Copa Mercosul, com 4 a 3 sobre o Palmeiras. Além disto, foi campeão da Copa João Havelange de 2000, e teve outra passagem sob a chancela de Eurico entre os anos de 2004 e 2005.

DORIVA

Responsável por levar o Vasco a sair da fila no Campeonato Carioca, recusou uma proposta para comandar o Grêmio e contou com o apoio de Eurico Miranda mesmo diante do início pífio da equipe no Brasileirão de 2015. Com uma boa dose de resistência do mandatário, somente pediu para sair após a equipe não vencer nenhuma das oito rodadas.

CELSO ROTH

Nas duas vezes que Eurico Miranda apostou em seu nome, Celso Roth contou com a confiança do dirigente. Em 2007, o técnico foi o encarregado de seguir com o projeto do milésimo gol de Romário (que se concretizou na vitória por 3 a 1 do Vasco sobre o Sport, em São Januário). Definido como "trabalhador" por Eurico, Roth voltou ao Cruz-Maltino em 2015, no lugar de Doriva, e foi "bancado" ao máximo por Eurico, mas não resistiu à última colocação da equipe no Brasileirão, e caiu.

RENATO GAÚCHO

Renato Gaúcho é um dos treinadores mais longevos do período de Eurico Miranda como presidente do Vasco. No comando entre 2005 e 2007, o técnico ajudou o clube a ter boas campanhas no Brasileirão e ser finalista da Copa do Brasil de 2006, mas terminou sua passagem de forma para lá de polêmica. Após o Cruz-Maltino ser eliminado precocemente da Copa do Brasil, para o Gama, e cair nas semifinais da Taça Rio para o Botafogo, Renato teria levado a pior na "queda de braço" com Romário, em uma desavença causada pelo projeto do milésimo gol do Baixinho.

OSWALDO DE OLIVEIRA

A discussão mais polêmica de Eurico Miranda com um treinador aconteceu na passagem de Oswaldo de Oliveira. Após o Vasco ter empatado em 2 a 2 com o Cruzeiro em São Januário, pelo jogo de ida da semifinal do Brasileirão, os dois se desentenderam quanto ao horário do treino da equipe: o então vice de futebol exigia a atividade pela manhã, enquanto Oswaldo queria que ocorresse na parte da tarde. Prontamente, Eurico demitiu o técnico e anunciou o nome de Joel Santana.

HÉLIO DOS ANJOS

A curta passagem de Hélio dos Anjos foi suficiente para deixar "mágoa", segundo palavras do próprio Eurico Miranda. Contratado como aposta para a sequência do Brasileirão de 2001, o técnico saiu do clube após dois meses, reclamando de atrasos salariais, e aceitou uma proposta do Goiás. O à época recém-eleito mandatário questionou Hélio dos Anjos, por ter acertado a saída sem consultá-lo.

ROMÁRIO

"Lançado" como treinador no início de 2008 (já tivera um breve período atuando como jogador e técnico ao mesmo tempo no ano anterior), Romário durou pouco no comando do Vasco. Irritado porque a diretoria impôs a escalação do atacante Alan Kardec na vitória por 2 a 0 sobre o Friburguense, o Baixinho anunciou sua demissão após cerca de um mês.

ALFREDO SAMPAIO

Sucessor de Romário no cargo de técnico do Vasco em 2008, Alfredo Sampaio também não durou muito. Após 53 dias, o comandante não resistiu à derrota por 2 a 1 para o Volta Redonda, e atribuiu sua saída a Edmundo, que estava no clube: "Prefiro ter dez Romários a um Edmundo", disse, à Rádio Globo. Porém, Eurico novamente preferiu ficar do lado de um jogador, e Sampaio deu lugar a Antônio Lopes.

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