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Supersticioso, presidente do Santos aposta em pipoca para eliminar o Bolívar

Confusão nas comemorações do Atlético de Madrid pelo título da Liga Europa (Foto: Victor Lerena/EFE)
imagem cameraConfusão nas comemorações do Atlético de Madrid pelo título da Liga Europa (Foto: Victor Lerena/EFE)
Dia 27/10/2015
22:26

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Ganso, Neymar e pipoca. Essas três peças deixam o presidente do Santos, Luis Alvaro Ribeiro, convicto da classificação nesta quinta-feira, contra o Bolívar, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. Mas, espera aí: pipoca? Isso mesmo! Pipoca!

Desde 2010, a guloseima é amuleto da sorte do mandatário santista e se, a equipe de Muricy Ramallho estiver com dificuldade para inverter o placar de ida (derrota por 2 a 1), é ao pacotinho de pipoca que Luis Alvaro vai recorrer.

– Começou na Copa do Brasil, na semifinal contra o Grêmio. Precisávamos vencer, estava difícil e pedi um saco de pipocas. Foi só colocar na boca que os gols saíram. Hoje, sempre conto com elas – contou o presidente, em entrevista ao LANCENET!, na sala da presidência, na Vila.

Conhecido pelo jeito folclórico e por frases de efeito com bom humor, o mandatário garante que a superstição não falha. No domingo mesmo, na final do Paulistão contra o Guarani, no Morumbi, ela precisou entrar em cena e com mais adrenalina.

O Santos tinha dificuldade para furar o bloqueio adversário, quando Luis Alvaro lembrou do ritual. Mas cadê as pipocas do Morumbi?

– O Domingos estava tirando tudo, o jogo duro. Mandei buscar a pipoca fora do estádio, porque dentro não tinha. Quando chegou, logo depois de comer a primeira, o Ganso fez 1 a 0. Aí levantei o pote como uma taça da Copa do Mundo – diverte-se Luis Alvaro, entre uma pipoca ou outra levada pela reportagem.

Sobre a mesma partida, o presidente disse que teve a testemunha do governador Geraldo Alckmin e do vice-presidente do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes. Este, aliás, teria prometido acabar com a farra santista em jogos no Morumbi.

– Ele disse que todas vez que formos jogar lá, será proibida a venda de pipoca (risos) – conta Ribeiro, lembrando que não seria a primeira vez que a pipoca seria censurada.

– Na final da Copa do Brasil, o presidente do Vitória ficou sabendo da história, proibiu a venda no Barradão e nos arredores. Quase perdemos o título (derrota por 2 a 1 valeu a conquista). No Japão, também não tinha, e perdemos para o Barcelona.

Superstição ou magia, sorte do Santos é que na Vila pipoca é o que não falta. E se depender da fome do presidente, o 1 a 0 ou vitória por mais de dois gols necessários para a classificação sairá com facilidade.

Bate-bola com Luis Alvaro Ribeiro, em entrevista exclusiva ao LANCE!

Como está imaginando a partida contra o Bolívar? Vitória fácil?
Um jogo difícil, com 11 bolivianos retrancados atrás. Aliás, eles já até entraram em contato conosco, pleiteando uma elevação no gramado de 2.600 metros, mas vetamos (risos). Acho que vão fazer muita falta e o Elano pode ser decisivo.

Marcação forte, né, presidente?
Certamente, e o Neymar vai ter de superar ainda mais, fazendo sua arte. Mas vamos vencer.

O que achou dos acontecimentos da partida em La Paz. O senhor não estava presente...
Mas fiquei sabendo e fiquei barbarizado. O que mais me surpreendeu foi o fato de uma população de maioria indígena, que sofre tanto preconceito, ter um comportamento daquele. Arremessando banana, que remete às sociedades nazistas europeias.

Para o Paulistão, o senhor prometeu um robalo para motivar os jogadores. E na Libertadores?
Se eles vencerem, prometo uma passagem na classe executiva para a Argentina, para enfrentarmos o Vélez Sarsfield, próximo rival (risos).

Por que o Santos deixou escapar o Zé Roberto? O que houve?
Ele veio aqui no ano passado, conversamos, uma grande pessoa. Mas acho que houve um mal entendido. Ele disse que me ligou, mas nunca recebi, afinal é um ídolo, eu falaria. Mas muita gente me liga, às vezes de madrugada porque é de fora do país e sempre tenho de mudar o telefone. Mas ele poderia ter ligado para o Santos e ninguém recebeu aqui. Talvez tenha precisado de uma desculpa, porque fiquei sabendo que ele assinou um contrato em valores muito altos com o Grêmio. Uma negociação que jamais o Santos ofereceria.


Luis Alvaro comeu pipocas oferecidas pelo LANCENET! (Foto: Ivan Storti)

Presidentes folclóricos

Vicente Matheus
Presidente do Corinthians oito vezes, ficou famoso pela autoria de frases lapidares como “Socrátes é um jogador invendável, inegociável e imprestável”, “comigo ou sem migo o Corinthians será campeão” e “quem está na chuva é para se queimar”, entre outras.

Eurico Miranda
Presidente do Vasco nos anos 2000, ficou marcado por polêmicas, processos na Justiça e por interferir de todas maneiras a favor de seu clube.

Marcelo Teixeira
O antecessor de Luis Alvaro no Santos não era considerado polêmico, mas supersticioso. O ex-mandatário, campeão brasileiro pelo Santos em 2002, tem fascínio pelo número 7.

Outras superstições de Luis Alvaro

Camisa da sorte
Luis Alvaro costuma assistir aos jogos com uma vestimenta especial: “É uma camisa polo azul marinho, com um broche do Santos. Ela nunca saiu de jogo derrotada”, diz.

Número 1
“Quando a pressão é grande, vou ao banheiro, e faço um xixi. Quando volto, o Santos marca (risos)”.

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