Soberano, Cruzeiro quer manter boa escrita em finais
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Cruzeiro e Atlético-MG estão na final do Campeonato Mineiro. Duelo sem favorito, certo? Pode até ser, mas a Raposa se apega na história das finais contra os alvinegros para, mais uma vez, passar por cima do rival. Ao longo dos anos, os celestes mostraram que têm mais poder nos mata-matas em finais do que seu arquirrival.
A decisão de amanhã será a 18ª direta entre os rivais em toda a história do torneio estadual. Até aqui, a vantagem é toda da Raposa. Em dez oportunidades o Cruzeiro saiu como o campeão (ver memória), contra apenas seis do Atlético-MG. Houve ainda um título dividido entre os dois clubes, em 1956.
Além dessa supremacia, o Cruzeiro poderá igualar outra marca importante. Se levar o título estadual desta temporada, a Raposa vai conquistar seu terceiro caneco seguido em cima do grande rival, já que também venceu o Atlético-MG nas decisões de 2008 e 2009.
Isto igualaria a façanha conseguida em outras três finais seguidas contra os atleticanos. Nos anos de 1987, 1990 e 1998, o Cruzeiro se encontrou com o arquirrival na finalíssima do Campeonato Mineiro, não tomou conhecimento e levou a melhor em todas elas.
Título dividido
Em uma única ocasião, Cruzeiro e Atlético-MG se encontraram na final do Mineiro e ninguém saiu de mãos vazias. Mas também passaram longe de comemorarem juntos.
Em 1956, o clube alvinegro venceu o primeiro turno do torneio e a Raposa venceu o segundo, forçando uma final com melhor de três jogos. Foi aí que surgiu o problema.
Aconteceu que o Atlético-MG escalou um jogador irregular, o lateral Laércio, e a Raposa entrou na justiça desportiva com um recurso, pedindo a anulação de um dos jogos da finalíssima.
Após quase três anos, depois de uma longa batalha judicial, ficou decidido, em comum acordo, que os clubes dividiriam o título do estadual de 1956.
Freguês também na semi
Não somente nas finais o Cruzeiro leva vantagem sobre seu maior rival. Nos últimos anos, a Raposa não tem tomado conhecimento do Atlético-MG nos encontros de mata-mata.
São eliminações em sequência, que credenciam os comandados de Cuca a um novo triunfo na atual temporada.
No passado recente, a superioridade azul foi constatada na Copa Sul-Minas. No ano de 2001, em dois jogos da semifinal, o Cruzeiro levou a melhor sobre o Atlético-MG e arrancou para o título, em cima do Coritiba.
A temporada seguinte repetiu a história. Eliminação atleticana na semifinal e novo título celeste, desta vez sobre outro paranaense, o Atlético-PR.
No Mineiro de 2005, novo encontro entre os rivais, desta vez na semifinal do Mineiro. Em dois jogos, a Raposa despachou os alvinegros com um empate e uma vitória. O ano seguinte foi a mesma coisa. Novamente no estadual, outra vez na semifinal e Cruzeiro eliminando o Atlético-MG, com um empate e uma vitória.
Desvantagem geral perto do fim
Se por um lado o Cruzeiro leva a melhor nas finais diante do arquirrival, o retrospecto geral ainda é uma pedra no sapato da torcida celeste. O domínio ainda é Atlético-MG. São 40 títulos conquistados pelo Galo, contra 36 da Raposa, distância pequena, mas que rende muitas provocações e brincadeiras.
A vantagem atleticana, porém, tem diminuído com o passar do tempo. Nos últimos dez anos, o Cruzeiro venceu seis títulos estaduais, saltando da pequena marca de 30 conquistas.
Já o Atlético-MG, no mesmo período, levou apenas dois canecos, em 2007 e 2010.
Isso mostra o quanto a Raposa conseguiu diminuir a diferença em um curto espaço de tempo. Se mantiver o ritmo, o Cruzeiro poderá se tornar o soberano em títulos do estado nos próximos anos.
Com a palavra: Palhinha, sete vezes campeão Mineiro
"O retrospecto favorável não ajuda o Cruzeiro em uma decisão como a de amanhã. Cada final tem uma história, cada partida tem um momento.
Uma decisão traz um peso maior ao clássico e também motiva mais o torcedor, porque é o jogo pelo qual eles esperam o ano inteiro, um grande encontro. O cruzeirense está um pouco desanimado pela saída na Libertadores, mas quando os rivais se encontram, não tem melhor nem pior. Ganha aquela equipe que lutar mais dentro de campo, estiver mais atenta e se comprometer mais
É muita tradição e também muita rivalidade. Aquele que perde fica com um grande tumulto para lidar nos dias seguintes ao clássico."
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