menu hamburguer
imagem topo menu
logo Lance!X
Logo Lance!

Santos volta a sofrer com a 'maldição da camisa 4'

Dia 27/10/2015
22:52

  • Matéria
  • Mais Notícias

Na última década, não foram poucos os jogadores que atuaram na posição, porém nenhum deles conseguiu se firmar por muito tempo no clube, criando uma espécie de maldição da camisa 4 santista.

Neste ano a situação se repete. Depois da saída de Jonathan, o Peixe viu em Danilo, que vinha sendo aproveitado como volante, a solução para o problema da falta de um ala-direito. Polivalente, o jogador deu conta do recado e até marcou gols importantes, mas... A alegria durou pouco. Com a venda do jogador para o Porto (POR), novamente o Santos tem problemas para encontrar alguém para a função.

À sua disposição, o técnico Muricy Ramalho tem Maranhão, que retornou de empréstimo, o jovem Crystian, de 19 anos, e Pará, que apesar de não ser lateral de origem, desempenha a função. Contudo, nenhuma das opções agrada ao treinador, que pediu reforços à direção santista.

Os cartolas alvinegros se movimentam, mas o mercado não oferece opções. A dificuldade aumenta pois o Santos não quer "fazer loucuras" e investir alto para contratar.

Depois de estar muito próximo de fechar com Jonas do Coritiba, mas ver o negócio naufragar, o Peixe agora tenta o uruguaio Fucile, que está no Porto (POR) e viria como contrapartida da liberação antecipada de Danilo, que, por contrato, deveria ir para os Dragões apenas em junho.

O antídoto contra a "maldição da camisa 4" pode vir do exterior.

Base revela, mas não é aproveitada

Na última década, nenhum dos jogadores que vestiram a camisa 4 do Santos foi formado nas categorias de base do clube. Contudo, segundo Claudinei Oliveira, técnico do time Júnior do Peixe, o problema não se deve à falta de talentos revelados, mas sim ao pouco aproveitamento dos garotos no time profissional.

– Na base não temos problema na lateral direita. Crystian (que já treina com a equipe principal) é um exemplo. Contudo, no profissional, os garotos têm exigência e cobrança maiores. Há pressão para que eles mostrem resultados rápidos – analisa.

O treinador explica que na base não é feito trabalho específico para lançar laterais, mas reforça que são treinados os principais fundamentos da posição, como cruzamentos, posicionamento e marcação.

Caíque, titular na Copa São Paulo, e Wesley, que está machucado, são as principais apostas para o futuro. Claudinei Oliveira, porém, pede paciência com os garotos.

– Ambos têm qualidade, mas no profissional tem que chegar para resolver. Crystian está mais preparado no momento.

Laterais-direitos do Peixe nos anos 2000

2002
Contratado ao Paulista, Maurinho assume a camisa 4. Mas, após ser peça-chave na conquista do Campeonato Brasileiro, ele deixa o Peixe e vai para o Cruzeiro.

2003
Para o lugar de Maurinho, Santos contrata Reginaldo Araújo, do Coritiba. O ala não agrada e deixa o clube no fim do ano.


2004
Com carências, Peixe vai ao mercado e, por empréstimo, contrata Paulo César, do Toulouse (FRA). Ele é o titular no título brasileiro daquele ano. Flávio, ex-Fluminense e que estava no futebol russo, também chega.

2005
PC segue como titular, mas com rendimento pior do que no seu primeiro ano no clube. No fim da temporada, o lateral volta para a França.

2006
Indicado por Luxemburgo, ala Neto, do Paraná, chega ao Peixe. No meio do ano, Dênis, do Ipatinga, é contratado, vai bem, mas sofre grave lesão.

2007
Alessandro (hoje no Corinthians) é contratado, mas não agrada e sai no fim do ano.

2008
Apodi, que se destacara no Vitória chega, mas não vai bem. Wendel, emprestado pelo Palmeiras, acaba ganhando a posição.

2009
Wagner Diniz e Luizinho são contra-tados, mas nenhum agrada. George Lucas, que estava na Espanha, chega e ganha posição.

2010
Maranhão é contratado do Guarani, mas como ele não agrada, Pará é improvisado na ala direita. Wesley também é aproveitado no setor em alguns jogos.

2011

Contratado junto ao Cruzeiro, Jonathan é titular durante o primeiro semestre. Com a venda dele para a Inter de Milão (ITA), Danilo, que vinha sendo utilizado como volante, é deslocado para a ala.

  • Matéria
  • Mais Notícias