Promotor de Minas Gerais fala sobre investigações

Promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais José Antonio Baeta analisou a covarde ageressão sofrida e que resultou na morte de torcedor cruzeirense Otavio Fernandes:

- Na nossa promotoria, instauramos o inquérito. Não dá nem para acreditar naquelas imagens, porque é sempre difícil acreditarmos em barbáries como aquela. Queremos a responsabilidade dos organizadores do evento e uma série de questionamentos da investigação cível e criminal para que os responsáveis sejam levados à Justiça. Estamos falando de três torcidas organizadas de Atlético-MG e Cruzeiro. A polícia vem trabalhando muito corretamente, com firmeza. As investigações já estão em fase bem adiantada e vamos aguardar o desenrolar do caso. O delegado vai enviar um relatório e faremos os juízos de valor. Os responsáveis serão levados ao tribunal de júri. Eles serão indiciados por homicídio e várias qualificações. As regiões atingidas da vítima são as chamadas nobres, como a cabeça e levam à morte. Ou seja, houve a intenção de matar e com requintes de crueldade, uma vez que o rapaz estava desacordado, sem chance de se defender, etc. Foi um crime hediondo. Dá para se dizer que num caso como esse, com todos os agravantes, a pena mínima é de 14 anos de prisão. A dissolução das organizadas foi feita em São Paulo e não deu certo. O Congresso Nacional legitimou as organizadas pelo Estatuto do Torcedor, mas ao mesmo tempo, essas torcidas podem ser punidas com mais rigor.

Torcedor do Cruzeiro é agredido até a morte em Belo Horizonte