Previsão indica altas temperaturas para a Indy 500

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Como se não bastasse o desafio de andar 804 quilômetros em velocidades superiores a 350 km/h, os pilotos terão de superar um outro desafio neste domingo nas 500 Milhas de Indianápolis: o calor fortíssimo e, provavelmente, recorde em quase cem edições. A previsão indica máxima de 37 graus, o que superaria em um grau a temperatura registrada na edição de 1957.
O problema não é tão simples assim. Com a temperatura maior, a densidade do ar fica menor e, com isso, é necessário um aumento do ângulo das asas para incrementar a pressão aerodinâmica. Para piorar, os pneus serão elevados a temperaturas jamais verificadas pelos times durante todo o mês de treinos em Indianápolis. Por fim, outro fator é a questão dos motores, pois os novos propulsores nunca foram exigidos nestas condições, ainda mais em uma pista de tanta velocidade por três horas consecutivas.
- Mentalmente o desgaste será ainda maior, mas fisicamente nem tanto. O motor deve ter uma performance menor nesse calor, mas é para todos. Temos de nos preocupar com a refrigeração. Será um teste para todos os times, é uma incógnita. Espero que o público se hidrate muito! - disse ao LANCENET! o tricampeão da prova Helio Castroneves.
Tony Kanaan, por sua vez, apontou que forçar o equipamento nessas condições pode ser fatal na corrida:
- Será uma corrida de sobrevivência, o calor influencia muito. Vamos ter de guardar o equipamento para atacar no fim. Não é um clima favorável. Fisicamente é até bom para mim, pois estou muito bem preparado, melhor do que alguns. Já estou me hidratando logo, vamos perder de três a quatro quilos em líquido.
GANASSI DOMINA CARB DAY
Após sofrer na classificação, a Ganassi fez dobradinha nesta sexta-feira no Carb Day, último treino antes das 500 Milhas. Dario Franchitti (16º no grid) foi o melhor, seguido por Scott Dixon (que sai em 15º). Tony Kanaan, em oitavo, foi o melhor brasileiro.
Com a palavra - Felipe Giaffone - vencedor de corridas na IndyCar e colunista do LANCE!
Calor influi mais no acerto aerodinâmico
O calor muda bastante o acerto mesmo. Em relação ao motor, andei conversando com as equipes aqui e eles não estão com tanto medo da durabilidade. Deve haver uma quebra ou outra, mas algo normal.
O maior trabalho mesmo vai ser o de achar o acerto ideal para essa temperatura, pois eles nunca enfrentaram o calor previsto nos treinos livres e no Pole Day.
Para você ter uma ideia, a cada dez graus farenheit de temperatura (o equivalente a 1,8 grau Celsius) a mais, é preciso aumentar um grau de inclinação da asa traseira, e não é só isso. Eles vão precisar fazer um monte de acertos novos.
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