Prévia do triatlo da Rio-2016 cumpre objetivo, mas Comitê ouvirá países
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Considerado o maior desafio da organização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 e da Prefeitura no calendário de eventos-teste, o Qualificatório de Triatlo Olímpico, realizado neste domingo, deixou boa impressão aos competidores, fez o público sentir o gosto do megaevento e despertou a atenção dos entes envolvidos para aspectos a serem melhorados.
A competição, que colocou em jogo seis vagas olímpicas, sendo três no masculino e três no feminino, foi a primeira prova de rua do programa de 45 eventos-teste iniciado no ano passado. Embora a Praia de Copacabana seja famosa por receber grandes públicos, como nas festas de Réveillon, uma operação do porte da que foi posta em prática no último final de semana exigiu esforços inéditos.
– O que mais ajudou no teste foi entender como é a dinâmica de um pedaço de Copacabana com um bloqueio transversal do bairro. Falaram de alguns ajustes no asfalto que podem ser feitos. Soube que teve atleta nos dando 8,5 de nota – disse ao LANCE! o diretor de instalações do Comitê Rio-2016, Gustavo Nascimento.
A cúpula do Comitê vai se reunir hoje com técnicos e representantes das delegações para discutir aspectos que deixaram a desejar e, assim, procurar as soluções. Outro item em pauta é a visibilidade do público, que, em certos pontos, não conseguia acompanhar o momento da chegada dos competidores.
A disputa olímpica contou com 150 atletas, entre homens e mulheres, de 25 países. O percurso total que eles tiveram de percorrer incluiu 1,5km de natação (uma volta), 40 km de ciclismo (oito voltas) e 10 km de corrida (quatro voltas). No sábado, aconteceu o torneio paralímpico.
Ao todo, cinco países garantiram vaga nos Jogos Rio-2016: Estados Unidos, Grã-Bretanha, Espanha, França e África do Sul. Os três primeiros colocados conquistaram as vagas para seus países. A prova feminina foi vencida pela americana Gwen Jorgensen, com 1h58m46. A melhor brasileira foi Pamella Oliveira, que terminou a prova em 15º, com tempo de 2h02m10.
No masculino, quem levou a melhor foi o espanhol Javier Gomez Noya, tetracampeão mundial, com 1h48m26. Pelo Brasil, Danilo Pimentel fez omelhor tempo, com 1h51m47s, e ficou em 32º. Apesar disso, o país-sede já tem uma vaga assegurada em cada naipe.
Próximo evento-teste dos Jogos Rio-2016 será o Mundial Junior de Remo, entre 5 e 9 de agosto.
Bate-bola
Gustavo Nascimento
Diretor de instalações do Comitê Rio-2016
Qual é a avaliação do Comitê sobre o evento-teste do triatlo?
Só terminamos o evento amanhã (hoje). O que viemos testar, testamos. Sistema de resultados, área de competição, conseguimos fazer nosso propósito ser cumprido. Temos a grande vantagem de ter a cidade ao nosso lado. Pudemos trazer os atletas que vão competir em 2016 para sentir o sabor de Copacabana, do carioca. A população ajudou muito, assim como os voluntários.
Determinados pontos da orla, algumas imperfeições no asfalto foram apontados pelos atletas. Isso preocupa?
Não é nada preocupante. O triatlo, como esporte de velocidade, quer correr em um velódromo de asfalto. Eles vão querer sempre o melhor, principalmente no trecho do ciclismo, prova em que eles querem se espalhar do pelotão. É uma característica do esporte. Faremos o nosso melhor.
Algum aspecto poderia ter sido melhor executado?
Trabalhamos em conjunto com a Empresa Olímpica Municipal, com a equipe de conservação urbana, fazendo o seu melhor. O capeamento foi todo refeito no percurso. Acredito que fizemos um excelente trabalho.
Com a palavra
Rafael Picciani
Secretário Municipal de Transportes do Rio
Para nós, do poder público, assim como para o Comitê Organizador, foi fundamental o trabalho integrado em que alinhamos todos os órgãos que atuam nas ruas da cidade, seja de trânsito, conservação ou limpeza. No ano que vem, teremos este evento e muitos outros simultaneamente. O evento-teste serve para ajustes operacionais. O resultado da competição não foi alterado por causa das imperfeições do asfalto. Mas é sempre importante identificarmos esses pontos para melhorarmos.
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