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Presidente da CBDG diz que começou a ser perseguido em 2010

Dia 27/10/2015
23:37

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Único dirigente a votar contra a reeleição de Carlos Arthur Nuzman à presidência do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), no pleito desta sexta-feira, no Rio de Janeiro, o presidente da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG), Eric Maleson, afirmou que começou a ser perseguido pelo mandatário do COB em setembro de 2010. Na ocasião, Maleson foi eleito vice-presidente da Federação Internacional de Bobsled, cargo no qual está licenciado por conta das investigações sobre sua gestão na CBDG.

- Depois que fui eleito, começaram os ataques. Eu cresci muito lá fora, então, em vez de o COB se orgulhar, começou a querer me destruir. Eu posso, e não que eu tenha vontade de ser membro do Comitê Olímpico Internacional, mas ouvi de membros do COB dizendo para cortar a minha asinha pois estava crescendo muito - disse Maleson.

O presidente da CBDG afirmou que votou contra Nuzman por conta das atitudes do dirigente como, por exemplo, a invasão da sede da entidade, em dezembro do ano passado, e o furto de arquivos do Comitê dos Jogos de Londres por parte de funcionários do Comitê Rio-2016, entidade também presidida por Nuzman.

- Não posso comungar com esse tipo de atitude. A coisa é muito séria. Eu peço ajuda ao ministro do Esporte Aldo Rebelo e à presidente Dilma Rousseff porque, se continuarmos nesse caminho, escândalos vão continuar. Isso é apenas a ponta do iceberg. Estou sendo atacado de todas as maneiras.

Sobre o processo de intervenção pelo qual passou a CBDG, Maleson disse ter toda a documentação provando que a entidade está em situação regular, com todas as certidões negativas e documentos comprobatórios de que a gestão não é temerária. O presidente da CBDG ainda afirmou que o interventor Emilio Strapasson está sendo usado e que teria decretado falência no Rio Grande do Sul.

- O Emilio não tinha o direito de arrombar a sala, apenas fazer uma auditoria financeira. E ela foi feita e não acharam nada. Houve um atraso na prestação de contas, mas isso está explicado na Justiça. Fui diversas vezes com o pires na mão pedindo ao COB para liberar recursos e eu cumprir minhas obrigações. Mas não recebo a verba da Lei Agnelo-Piva há pelo menos cinco anos. Hoje é um dia triste para o esporte olímpico brasileiro - afirmou Maleson.

Perguntado sobre as acusações do presidente da CBDG, Nuzman disse que não aconteceu invasão na confederação. O que ocorreu, segundo o mandatário do COB, foi que o interventor nomeado pela Justiça precisava entrar na sede para realizar seu trabalho. E que ele não conseguia fazer isso pois a mesma sempre estava fechada.

- A confederação tem sérios problemas administrativos e financeiros que impossibilitam o repasse dos recursos da Lei Agnelo-Piva. Por conta disso, o COB passou a arcar diretamente com as despesas básicas do funcionamento da entidade para assegurar o mínimo atendimento das necessidades dos atletas. Nesse sentido, o COB alugou uma sala para ser a sede da confederação e, expressamente autorizado pelo proprietário e locador, sublocou a sala para a CBDG. Portanto, a confederação tem a posse do imóvel podendo usa-la livremente. E o interventor poderia entrar a qualquer momento. E COB, por ser responsável pela sala, poderia acompanhar o interventor - disse Nuzman frisando que, desde 2009, a CBDG não recebe os recursos da Lei Piva.

O presidente do COB aproveitou para ressaltar a análise feita por Strapasson em seu relatório final sobre a situação da CBDG: "seja por ação ou omissão, o senhor Eric Maleson praticou uma gestão temerária e má gestão administratva da entidade, colocando em risco a própria existência da confederação", escreveu o interventor.

Segundo Nuzman, o desfecho da situação está nas mãos da 37ª Vara Cìvel do Rio de Janeiro, numa ação que começou por decisão dos atletas da CBDG.

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