Paulo Angioni reúne em evento nomes consagrados do futebol brasileiro
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Está sendo realizada nesta segunda-feira a terceira edição do seminário "O novo não é aposta", no Windsor Plaza, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, com a proposta de discutir as inovações no futebol, como adequação do calendário brasileiro com o europeu, a necessidade de resultados imediatos pelos clubes e a consequente pressão psicológica e a janela de transferência para os times estrangeiros. O organizador é o gestor de futebol Paulo Angioni, que já passou por diversos clubes ao longo da carreira, como Vasco, Corinthians, Flamengo, Fluminense, Bahia (último trabalho), entre outros.
O evento teve início às 8h e se estenderá até às 18h, reunindo importantes figuras do futebol nacional, como Oswaldo de Oliveira, Joel Santana, Paulo Roberto Falcão, Edmundo, além do preparador físico do Corinthians Fabio Mahseredjian. O também corintiano Tite participaria, porém, por motivos pessoais, não pode comparecer.
Durante a parte da manhã, a começar por Fabio Mahseredjian, o profissional fez severas críticas ao calendário 2014 do futebol brasileiro, divulgado pela CBF no último dia 20 - temporada se iniciará na segunda semana de janeiro -, abordando as dificuldades de se preparar o jogador em pouco tempo e as necessidades dos preparadores se adequarem às metodologias de cada treinador.
- A pré-temporada está sendo reduzida ano após ano, hoje não dá para fazer muita coisa, tem que pensar em recuperar o atleta para o próximo jogo. A preparação física tem virado uma certa mentira - disse Fabio.
Falcão destacou a necessidade dos clubes investirem no amparo psicológico do atleta, dando como exemplo um jogador recém-promovido que faz três gols numa partida e que no dia seguinte é visto como uma estrela nas ruas.
- Hoje o grande craque no futebol é o emocional. Precisam ter um preparo psicológico que hoje não existe - alertou o ex-jogador, que disse ainda que procura implementar nos times que treina o conceito de entrar para a história, citando como modelo o Brasil em que ele jogou de 1982, Milan de Baresi, Barcelona de Messi e a Holanda de 1974. Atualmente sem clube, o treinador também considerou um erro dizer que a Itália de 1982 era infinitamente inferior ao Brasil, pois tinham grandes jogadores como o goleiro Dino Zoff, Antognoni e Paolo Rossi.
Já Oswaldo, atual treinador do Botafogo, comentou a experiência que os doze anos de trabalho no Catar lhe deram para saber lidar com as oscilações das equipes, exemplificando com a instabilidade alvinegra no Campeonato Brasileiro e possíveis problemas no elenco, recordando o fim da década de 90, quando dirigia o Corinthians, onde tinha que intervir na relação do colombiano Rincón com o Edilson "Capetinha", que não se davam bem fora de campo.
À tarde, Joel Santana e Edmundo estarão entre os palestrantes na segunda parte do evento, que é patrocinado pela agência de assessoramento esportivo Offside.
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