Mostra de pranchas de Surfe apresenta evolução do equipamento desde a década de 60
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Dias de sol, maré cheia, altas ondas e um bom shape para deslizar sobre as águas. Essa é, certamente, a combinação preferida dos surfistas. Diferente do que muitos pensam, as ondas de um inverno tropical são muito melhores se comparadas as do verão. Nessa época do ano a água fica quente e clara em toda costa sudeste e sul do Brasil, graças às ondulações que chegam, mexendo os fundos de areia que, junto com os fortes ventos, ajudam na formação de boas ondas.
E é por cima das grandes ondas que deslizam aventureiros com pranchas. O objeto essencial para a prática do surfe será tema da exposição “Nas ondas do tempo”, que vai apresentar uma retrospectiva da evolução do design de pranchas de Surfe no Brasil, a partir do dia 09 de julho, no restaurante Balada MixIcaraí, em Niterói.
O convidado para contar essa história através de diversos modelos é o shaper design Antônio Merrê, responsável pelo acervo das Surfboards que passam pelos anos 60’ até os shapes de hoje – mais leves e dinâmicas - que possibilitam performance espetaculares nas ondas. Merrê vai mostrar em primeira mão os seus lançamentos para 2016, além de modelos de pranchas conceituais. Estarão expostas também, pranchas internacionais de acervo histórico. Entre outros modelos que fizeram parte dessa história, destacamos uma raríssima 9'10', de 1967, inspirada nas Surfboards Hawaii, feitas pelos irmãos Dowining na Califórnia.
Sobre a escolha do lugar para a mostra, Merrê diz: “o Balada Mix respira o life style do surfe. A nossa proposta tem tudo a ver com o conceito do restaurante. É a união da gastronomia saudável com a cultura desse esporte. As nossas pranchas vão compor a decoração do local de forma harmônica e fazer uma aproximação maior entre o público e a história do surfe”, conta o shaper design.
No período da exposição, que vai do dia 09 a 31 de julho, o restaurante exibirá filmes raros e inéditos da década de 60 ligados ao esporte e um playlist de surf music que marcaram época.
Nas ondas do tempo
O shape da prancha de surfe sofreu muitas alterações desde quando chegou ao Brasil, em 1938. Foi quando Osmar Gonçalves, em Santos, junto com um grupo de amigos, resolveu construir a primeira prancha de surfe que se tem registro no país. O equipamento mais parecia um barco, com quase 4m de comprimento e cerca de 80kg.
No Rio, as chamadas de “tábuas havaianas” despontaram na década de 50, quando um grupo de cariocas começou a descer as ondas em Copacabana, com pranchas de madeirite. O esporte começava a popularizar-se. As primeiras pranchas de fibra de vidro, importadas da Califórnia, só chegaram ao Brasil em 1964.
Já no início dos anos 90, o Brasil passou a fazer parte da elite do surfe mundial representado por três atletas, Fábio Gouveia, Flávio Padaratz e Vitor Ribas, que abriram caminho para outros competidores brasileiros, colocando nosso país entre as três potências do esporte, junto com os Estados Unidos e Austrália.
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