Montillo quer se firmar como melhor “enganche” do Brasil

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O ano de 2010 foi dos enganches no Brasil. Essa é a expressão usada na Argentina para definir os armadores. E foi do nosso país rival e vizinho que brotaram Montillo, do Cruzeiro, D'Alessandro, do Internacional e Conca, do Fluminense.
Agora em 2011, o meia celeste, que inicia pela primeira vez uma temporada no Brasil, com os treinos de preparação, tem melhores condições de superar os conterrâneos para se firmar como o grande craque do futebol brasileiro. O primeiro passo é ajudar o Cruzeiro amanhã, no primeiro clássico do ano, contra o Atlético, em Sete Lagoas.
Montillo vê a pré-temporada feita na Toca da Raposa 2 pela comissão técnica de Cuca como um fator positivo para ele brilhar neste ano.
– Creio que seja um fator positivo. Contudo, agora os times também já me conheceme é diferente.
Ano passado era outra história. A marcação era diferente. Mas acredito que o time vai funcionar bem no Mineiro, Libetadores e individualmente terei condições de me destacar e ajudar o Cruzeiro – pondera o armador em entrevista exclusiva ao LANCENET!.
Apesar do grande e devastador sucesso com seu bom futebol no ano passado, Montillo ainda precisa desbancar D'Alessandro e Conca, que já estão no futebol brasileiro há mais tempo e tem seus nomes consolidados com títulos. Será possível para o meia celeste alcançar esta meta em 2011? Ele acredita é seja possível.
– Meu objetivo é melhorar do ano passado. Não é fácil mas acredito que posso melhorar. Jogadores sempre tem coisas para melhorar e esse ano temos jogos importantes – ressalta Montillo.
O argentino, de 26 anos, chegou ao Cruzeiro em agosto. Logo na sua estreia, contra o São Paulo, já deixou uma boa impressão. D'Alessandro, com 29 anos, por sua vez, chegou ao Brasil em 2008. O primeiro a desbravar as terras brazucas foi Conca, de 27 anos. Ele chegou ao Vasco em 2007 e foi para o Fluminense em 2008.
SELEÇÃO
Destacando-se no futebol brasileiro, Montillo espera chamar a atenção do técnico Sergio Batista para futuras convocações. Ele destaca que voltar a vestir a camisa do seu país é um sonho.
Contudo, questionado se ele via possibilidades de realizar já na Copa América, que será disputada na Argentina em julho, ele preferiu manter a cautela e lembrou que o objetivo é a médio e longo prazo.
– Todo jogador sonha com a seleção mas sei que é difícil. Não estive no processo da seleção até o momento e acho que é difícil porque estamos a cinco meses da Copa América.
Contudo, trabalho sempre pensando em voltar a vestir com orgulho a camisa do meu país – destaca Montillo, que terá 30 anos na próxima Copa do Mundo, disputada no Brasil.
O armador celeste já disputou jogos pela base da Argentina. Em 2003, ele jogou o Mundial Sub-20 com jogadores como Mascherano, Cavenaghi e Tevez. A equipe ainda tinha o atacante Herrera, hoje no Botafogo. Com a meta na cabeça, Montillo espera ir bem já contra o Atlético e o Estudiantes.
– São dois jogos quentes – diz.
Jogo do Beting (Por Mauro Beting)
"Montillo pode trabalhar como armador tanto no lado direito quanto no esquerdo. Tem capacidade técnica e tática para atuar em qualquer lado, e mesmo mais próximo aos homens de frente (preferencialmente dois). Mas ele se sente melhor caindo mais à direita.
D'Alessandro, mesmo canhoto, se notabiliza e joga mais pela direita. Seja num 4-2-2-2 típico brasileiro, seja no 4-2-3-1 do Inter de Celso Roth, até para aproveitar o corte por dentro e a batida precisa de canhota, como faz desde 2005 o gênio Messi, como faz muito bem craque (e ponta) Robben.
Conca é outro que se dá melhor e gosta de jogar mais pela direita.nem tanto tão próximo aos homens de frente, e nem tão à frente quanto D'Alessandro. É um que gosta de voltar mais e articular e pensar o jogo. É o mais cerebral dos três. Não necessariamente o melhor.
Em 2010, Conca e o Fluminense sobraram. Mas D'Alessandro no primeiro semestre (e Montillo todo o ano) tiveram excelente nível."
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