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Medroso, mau aluno… Veja histórias da infância de Marcos em Oriente

Dia 27/10/2015
23:29

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Todos estão acostumados a ver o Marcos famoso, ídolo de uma nação, querido por todos, e revoltado após as derrotas do Palmeiras. Porém, poucos conhecem a infância do Santo.

A reportagem do LANCENET! esteve em Oriente, cidade natal do goleiro, e ouviu de amigos, familiares e ex-professoras como era o agora aposentado goleiro na infância: namorador, medroso, mau aluno, imitador... Confira várias histórias de quando Marcos era criança:

Fuga do cemitério
O maior medo que Marcos tinha na infância e tem até hoje é de assombração. “Teve um dia que estávamos na praça, resolvemos ir ao cemitério de madrugada, que era só escuridão. O Marcos foi o primeiro a falar que não iria, morria de medo. Eu tinha moto, falei para ele ir na minha garupa. O combinado era alguém entrar no cemitério. Chegando perto, ele fez eu parar a moto e o pessoal entrou e começou a fazer barulho de lá. Imagina um cara que grudou nas minhas costas e não largava de jeito nenhum, gritando ‘Vamos embora pelo amor de Deus’. Eu tive que sair rasgando com a moto. Até hoje Marcos morre de medo de assombração. Se você fala sobre isso para ele até hoje, morre de medo ainda”, contou Kenedy, um dos melhores amigos do Santo em Oriente. Até hoje eles mantêm bastante contato.


Mau aluno

Trabalho para a mãe
Marcos nunca foi daqueles que gostavam de estudar. Pelo contrário. Nunca teve muita vontade e sempre preferiu jogar bola. Quem conta é a própria mãe do Santo, Dona Antônia, que teve trabalho com o filho na escola. Ele chegou a repetir um ano no ensino médio. “Marcos dava seus furinhos na escola. Não gostava de estudar. Quando ele não tinha o que fazer, colocamos no SENAI de Marília para ver se arranjava emprego. Ele fazia curso, mas não gostava de jeito nenhum. Marcos já dizia que queria ser jogador de futebol. Sempre perdia a hora por causa do futebol. Chegava em casa atrasado, com a chuteira na mão, já estava em cima para ir para a aula. Meu marido também jogava, então ele gostava muito de futebol. Aí não tinha jeito de estudar. Ele já tinha o futebol no sangue”, declarou ao LANCE! a mãe do ex-jogador.

Cabeludo, Marcos ainda criança em Oriente (Foto: Arquivo)


Enganador

Malandragem com amigo
Se era gozado pelos amigos por conta do medo de assombração, Marcos tentava dar o troco de outras formas. E às vezes conseguia. “Tem um história, que sempre falo que vou pedir indenização para ele. Íamos muito no clube de Oriente, aí um dia a mãe dele comprou um óculos de piscina para ele. Quando eu vi, fiquei louco. Pedi para mergulhar com ele, mas o Marcos não queria deixar. Aí ele me emprestou, mergulhei e adorei, mas não queria me dar. Falei que tinha uns 40 carrinhos pra trocar pelo óculos. Levei na casa dele, ele ficou louco com os carros e aceitou trocar, só que não me falou a verdade. Depois que mergulhava algumas vezes, entrava água no óculos. Aí eu falava para ele devolver meus carrinhos e ele chorava de rir, não devolveu até hoje”, contou Zoio, outro grande amigo que Marcos tem na cidade.

Marcos e seus familiares em Oriente (Foto: Arquivo)


Garanhão

‘Guerreiro’ de Oriente
Marcos sempre teve fama de namorador em Oriente. Porém, no começo, o ex-goleiro sofria com as provocações dos irmãos, que desconfiavam dele. “Marcos era tranquilo com relação a isso, mas ele já tinha uns 14 ou 15 anos e nunca teve namorada. Aí os irmãos já ficavam falando e gozando dele. Para mostrar aos irmãos que ele era macho mesmo, o Marcos começou a namorar com as piores que tinha na cidade, só para os irmãos não falarem mais dele. No começo, namorou com uma que era muito feia, meu Deus... Aí depois que terminou, começou com outra feia também, deu trabalho para terminar. Tudo isso só para não ouvir mais gozação dos amigos”, contou Dona Antônia, mãe do ex-goleiro. Os amigos mais próximos também falaram que Marcos tinha fama de namorador já na adolescência.


Geral da polícia

Culpa do Marcão?
Marcos também colocava os amigos em enrascadas quando era menor. Até com a polícia. “Tinha uma época que a polícia dava geral em todo mundo aqui. Aí a gente ficava de madrugada na frente do Correio. Naquele tempo, tínhamos uns dez anos, as latas de refrigerante eram muito duras. A gente colocava no pé, saía marchando e fazia um barulhão. Marcos pisou em uma lata e começou a raspar no chão, isso de madrugada. O delegado começou a subir, a gente falou para o Marcos parar. Ele disse que não ia acontecer nada, mas o delegado continuou subindo, subindo... Chegou e mandou jogar a lata fora. Mandou todo mundo para a parede, revistou a gente. Começamos a rir e ele ficou bravo. Foi só para dar um susto em nós, mas foi tudo culpa do Marcos” falou Zoio, que também sofreu com a insistência do Santo no dia.


O mais medroso

Susto na madrugada
O medo de Assombração que Marcos tem era o maior motivo de gozação dos amigos com ele. Muitas vezes, faziam de tudo para assustar o ex-goleiro. “Resolvemos começar a assustá-lo. Ficávamos na praça de madrugada, falando de lobisomem, essas coisas. Um dia, saí de fininho, sem ele perceber, e pulei dentro da casa dele, que era tudo escuro. Quando ele passou do portão eu comecei a fazer barulho, ele deu um pique para trás que ninguém segurava ele. Teve uma vez que tentamos levá-lo ao cemitério, ele grudou no banco do carro e todo mundo começou a puxá-lo. Marcos segurou tão forte que arrancou o banco, mas ele não largou. É muito medroso, até hoje é assim. A coisa mais legal era assustar ele” disse Zoio. Segundo ele, Marcos não vai ao sítio à noite porque diz ter assombrações na estrada de terra.


Bento Carneiro

Imitador na escola
Se não gostava muito de estudar, Marcos adorava participar das peças de teatro da escola e fazer imitações. A principal delas era do vampiro Bento Carneiro, personagem interpretado por Chico Anysio. “Marcos era muito ativo na escola, gostava muito de participar das peças teatrais, estava sempre na bagunça”, conta Ana Maria Pilon, professora de português e inglês dele na Escola Vitu Giorgi. “Marcos era muito palhaço, sempre fazia imitações, participava disso. Tinha toda sexta e ele sempre estava lá, fazendo as imitações. Ele adorava imitar o vampiro do Chico Anysio. Só lembro do Marcos fazendo palhaçadas, era muito simpático, brincava com todo mundo e sempre participava da farra”, falou Kátia Palácio, que deu aula de geografia para ele, na mesma escola de Ana.

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