Marcelo se diz cansado, mas assume má fase, pede chutão e não vê pressão
- Matéria
- Mais Notícias
Apesar de a diretoria do Santos já ter demonstrado interesse na contratação do técnico Guto Ferreira, da Ponte Preta, o atual comandante alvinegro não se sente com o cargo ameaçado. Neste sábado, Marcelo Fernandes derrubou ainda mais os números do Peixe pós-título do Paulistão com o empate em 2 a 2 com a Ponte Preta na Vila Belmiro, aumentou para cinco o número de jogos sem vitória e assumiu a responsabilidade pela má fase vivenciada pela equipe campeã paulista.
- O placar não era o que se esperava e jogamos para não ser. Mas a gente entrega a bola para os caras e aí fica todo mundo se culpando. Eu fico cansado de falar as mesmas coisas aqui, esse negócio de que joga bem e não ganha, mas não tem essa. A bola pune mesmo, como diz o Muricy, não tem brecha, a realidade é essa. Fizemos um primeiro tempo para matar, depois não conseguimos render no segundo tempo e tomamos os gols. É erro nosso sim, não pode acontecer e temos que corrigir - disse o treinador, na abertura de sua entrevista coletiva.
A sequência de cinco partidas sem vencer é razão de preocupação para Marcelo, já que a equipe tem apenas seis pontos somados em seis rodadas e está na beira da zona de rebaixamento. Contra Sport e Ponte Preta, perdeu vantagem e só empatou na Vila Belmiro. Contra o São Paulo, chegou a estar vencendo, mas também deu brecha e acabou derrotado. Segundo o treinador do Peixe, a responsabilidade pelos resultados é dele mesmo.
- Com todo respeito à Ponte Preta, o Santos mostrou que tinha que ganhar. Mas eu não estou aqui para falar de defesa ou ataque, eu sou treinador, escalo o time e a responsabilidade é totalmente minha. O problema é que nossa equipe se porta bem com 0 a 0, aí faz o gol e não tem mais o controle do jogo, não roda a bola. A gente sofre ganhando e não faz nada. Fomos comer uma comida, não gostamos, e depois fomos comer de novo. Não dá - criticou Marcelo Fernandes, antes de sugerir uma possível solução:
- É hora de dar chutão, de parar de sair jogando. Eu sou da época de dar chutão e foi aquilo que falei lá dentro. Já vimos que não é por aqui e tentamos no mesmo lugar. Na verdade perdemos dois pontos de novo e é difícil recuperar de novo. Lá em Minas Gerais vai ser a hora do vamos ver - afirmou, lembrando que o Peixe tem um desafio contra o Atlético-MG na próxima quarta-feira.
A partida contra o Galo, dependendo do resultado, pode marcar o fim da passagem do técnico campeão paulista de 2015 pelo Peixe. A diretoria não está satisfeita com o trabalho de Marcelo Fernandes e vê no intervalo de dez dias entre as partidas contra o Atlético-MG e contra o Corinthians como período propício para realizar uma troca no comando técnico. Irritado, o treinador comentou a chance de voltar a ser auxiliar.
- Você quer marcar um telefone aí? 3257-4000. Liga para o Modesto e ele responde se eu estou ameaçado. Essa pergunta é para o Modesto. Eu estou aqui para comandar e fazer meu trabalho, não sinto pressão nenhuma, vai lá e pergunta pra ele. Clube grande vive de vitórias e eu não estou abafado, estou super bem. Se a diretoria achar melhor trocar, eu não fico sem dormir. Fico trsite que o time constrói e não vence, mas mudança de treinador é normal e futebol é assim. Estou chateado pela equipe jogar como joga e perder por erros dela. Mas trabalho em clube grande, que vive de resultados e o Santos já demorou para ter resultado - bradou.
- Matéria
- Mais Notícias