Manifestantes entram em confronto com PMs no lado de fora do Maracanã
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Manifestantes entraram em conflito com a Polícia Militar do Rio de Janeiro no lado de fora do Maracanã. Para dispersar a população, os policiais utilizaram bombas de efeito moral e de gás. O tumulto teve início às 18h30, a cerca de 300 metros do estádio.
O confronto ocorreu na esquina da Av. São Francisco Xavier com Av. Maracanã. Três grupos, compostos pela Força Nacional, Batalhão de Choque e Polícia Miltar, acompanhavam a manifestação quando começou um "empurra-empurra" iniciado pelos manifestantes, que tentaram atravessar o cordão da PM. Logo depois, policiais lançaram uma bomba de gás lacrimogêneo, o que iniciou a confusão. Havia cerca de 100 militares no cordão. No total, a operação teve 11 mil homens destacados, número que representa o maior contigente de segurança para um evento esportivo no Brasil.
Centenas de policiais contêm manifestantes no entorno do Maracanã
O clima foi tenso antes mesmo de estourarem as primeiras bombas. Cerca de 10 mil pessoas saíram da Praça Saens Peña, que fica próxima ao estádio, em marcha em direção ao Maracanã, sempre escoltados por policiais e vigiados por três helicópteros. Entre as reivindicações, cartazes contra a Fifa, contra o presidente da CBF, José Maria Marin, e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Na linha final da caminhada, na esquina da São Francisco Xavier com a Avenida Maracanã, três cordões de isolamento: um formado por policiais militares, o segundo pela Força Nacional e o terceiro pelo Batalhão de Choque. Quando as bombas começaram a ser lançadas, o Caveirão – veículo blindado comumente usado em operações em favelas no Rio de Janeiro – foi acionado para ir de encontro aos manifestantes e afastá-los do estádio.
- Nunca vi tanta polícia no Maracanã, olha que sou de frequentar o estádio - comentou o torcedor Marco Rodrigues, que teve de se desvencilhar da confusão para ingressar no estádio.
Em ruas próximas ao Maracanã, a cavalaria e policiais com cachorros estavam a postos para inibirem qualquer iniciativa de avanço. Mais cedo, uma primeira manifestação tomou as ruas do bairro onde fica o estádio, mas com final pacífico. Cerca de cinco mil pessoas marcharam contra as remoções forçadas por causa dos grandes eventos, principalmente na Zona Oeste do Rio.
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