Luxemburgo faz críticas à participação de agentes no futebol

O técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo, explicou que a relação entre treinador e jogador mudou com a crescimento de empresário tendo influência direta nas decisões dos atletas. De acordo com o comandante rubro-negro, há uma interferência que prejudica nos resultados obtidos, uma vez que os jogadores tomam decisões e atitudes após consultar seus representantes.

Elogiando o presidente do Internacional, Fernando Carvalho, Luxemburgo questionou a participação dos empresários atualmente no futebol brasileiro. Para o técnico, muitos dirigentes não sabem lidar com a Lei Pelé, como consequência, os agentes tomam decisões, que na maioria das vezes torna-se prejudicial ao clube.

- Eles estão nadando de braçada em cima dos clubes no que se refere à Lei Pelé. Os dirigentes deveriam dominar a questão, mas não. Claro que existem empresários honestos. Alguns se dizem parceiros dos clubes, mas no papel acaba sendo diferente. Os clubes estão falidos - revelou.

Reciclagem

Comecei a fazer um retrospecto analisando minha carreira. O Flamengo tem um problema de sair do campeonato de maneira digna e montar um time para frente. É meu clube de coração. É uma oportunidade com a Patrícia de alguma coisa pelo futebol. Nosso local de trabalho agora é o centro de treinamento para os jogadores. Para todos se acostumarem, os atletas, a imprensa. Resolvi que era o momento de volta ao Rio de Janeiro. O Flamengo é o Flamengo. Eu não sabia dos 100 jogos. Me surpreendi quando o repórter me perguntou.


Trabalho no Flamengo

É a grande oportunidade de mudar esta situação. O compromisso é esse. Se não mudar, vou em bora. É a oportunidade de nós crecermos com o Flamengo. Para vir para cá só para treinar, não queria. O Veloso vai ficar na parte do futebol para a presidente. Não vou ser responsável totalmente. Vou ter uma gerência em alguns departamentos. Vamos criar um centro de treinamento. Tivemos uma reunião para acertar isso tudo. Foi assim no São Paulo, no Corinthians. Vamos fazer uma sala para a comissão técnica, um alojamento, uma sala para imprensa. Tudo provisório. Vamos acostumar todos a irem para lá. Não vamos deixar de ir à Gávea. Pretendo ajudar o Flamengo a dar um upgrade. Eu não aceito que o maior clube do Brasil não possua um CT. Esse que temos passará por reformas. Precisa ser referência. O local pode servir para uma seleção na Copa do Mundo de 2014. O Flamengo precisa pensar desta forma. Vamos ter atuações em conjunto para o crescimento do marketing. O Departamento jurídico é fundamental.