Luis Alvaro foca no Comitê de Gestão e dá autonomia a Zinho no futebol

Se dentro de campo, Zinho se consagrou como um dos jogadores mais vitoriosos do país, fora dele o novo gerente de futebol do Santos, não pode se valer do mesmo cartão de visitas. Ao contrário. Ele ainda não vingou como dirigente. No entanto, o ex-meia chega ao Peixe com uma autonomia que seus antecessores não tiveram.

Anunciado na semana passada logo após a demissão de Nei Pandolfo, Zinho chega para apagar o incêndio formado após a vexatória goleada de 8 a 0 para o Barcelona (ESP) e ser uma espécie de escudo do presidente Luis Alvaro Ribeiro no futebol.

O mandatário, no momento, está empenhado na reestruturação do Comitê de Gestão, esfacelado nos últimos dias com as saídas de três membros, e já avisou que o “reforço” terá poderes para interferir no CT, na contratação de jogadores e escolha do comandante do time.

A falta de autonomia era motivo de queixas de Felipe Faro e Nei Pandolfo, dirigentes demitidos do clube recentemente e dos quais Zinho herda as funções.

A confiança foi bem recebida por Zinho, que não fugiu da responsabilidade e confirmou que suas atribuições irão além do elo entre jogadores e diretoria. Ele disse ainda que pretende participar das decisões o quanto antes.

– Gosto de trabalhar simultaneamente com todos, a base, e por isso vou ficar aqui no clube mesmo, até dormir. Conhecer tudo e, em conversa com minha comissão, detectar as necessidades até com certa rapidez, porque o campeonato exige – disse o gerente, referindo-se a reforços.

Zinho, porém, deixou claro que sua missão será apontar possíveis reforços, deixando a parte financeira com o Comitê de Gestão. Ele vai trabalhar em conjunto com André Zanotta, assessor de esportes, que chegou ao clube como auxiliar de Felipe Faro.

Campeão do mundo pela Seleção Brasileira em 1994, Zinho teve passagens vitoriosas por Flamengo, Palmeiras, Grêmio e Cruzeiro como jogador. Venceu cinco Brasileiros e uma Libertadores.

Já como dirigente e técnico, o sucesso ainda não veio. Foi técnico-diretor no Miami (EUA) e Nova Iguaçu-RJ, do qual é fundador, e gerente de futebol no Flamengo, em passagem conturbada.

E agora, qual Zinho será?