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Zé Love revela ‘sacanagem’ do Genoa e proposta oficial de time carioca

Zé Love Eduardo - Siena (Foto: AFP)
imagem cameraZé Love Eduardo - Siena (Foto: AFP)
Dia 28/10/2015
01:30

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O atacante Zé Eduardo saiu de Santos cheio de moral, com vários gols e o título da Libertadores como credenciais para brilhar no Genoa, clube que pagou R$ 13 milhões pelo jogador. Pouco mais de um ano depois, a situação é outra. Ele está infeliz no empréstimo ao Siena, acusa o clube da região da Ligúria, que é dono de seus direitos, de ter feito “sacanagem” com ele, e revela em entrevista ao LANCE!Net que não apenas quer voltar ao Brasil, mas que já existem conversas para isso.

- Eu quero ir embora, já deixei claro. Pretendo ir para o Brasil, jogar futebol e voltar a ser feliz - desabafa Zé Love, para depois falar mais concretamente sobre as propostas, apenas dando algumas dicas sobre seu possível futuro:

- Um time está mais próximo, mandou a proposta oficial. Outros três entraram em contato comigo, conversaram. Olha, os mais próximos são um de São Paulo e um do Rio de Janeiro, mas o do Rio está mais perto.

Depois da revelação, o atacante criado nas categorias de base do Palmeiras falou sobre os motivos de sua saída do Genoa para o Siena por empréstimo. Por acaso, os dois clubes ocupam as últimas posições do Campeonato Italiano, com seu atual time na lanterna (veja análise do jogador sobre a temporada abaixo).

Zé recorda que fazia uma boa pré-temporada, marcando gols sempre, mas o Genoa queria contratar Borriello. Para isso, teria que se desfazer do brasileiro e de Gilardino, e assim abrir espaço na folha salarial. Chegou a haver ameaça de que se eles não saíssem, iriam treinar de forma separada.

- Eles não tiveram respeito com a gente. Eu não queria vir, depois de lesões estava bem para ter uma sequência, tanto que quando jogamos contra o Genoa, a torcida gritou meu nome. Mas a diretoria do Genoa fez uma baita sacanagem comigo e com o Gilardino - dispara o atacante.

Negativa ao Milan pela dignidade

Na última janela de transferências, ainda antes de ir para o Siena, o nome de Zé Eduardo esteve ligado ao Milan. De fato as conversas existiram e houve o interesse, mas não foi concretizado. Na época, a história foi de que o atacante iria fazer um teste no Rossonero, o que, segundo ele, é mentira.

O atacante explica que, na verdade, ele não era a primeiro opção do clube, mas sim o argentino Tévez. E o Milan queria que ele ficasse em um hotel na cidade esperando pela definição desta negociação até o fim da novela. Se o jogador do Manchester City não chegasse no apagar das luzes, aí sim o brasileiro seria contratado.

- Se ele chegasse, eu iria embora. Até pela minha dignidade, não quis. Pela minha vida mesmo. Meu pai sempre disse para eu dar um passo atrás para depois dar dois à frente. Quando eu cheguei no Genoa, o estádio todo aplaudiu, foi o melhor momento da minha vida, de ver que tive a dignidade, o caráter. As pessoas falam que é o Milan, mas iria ficar dez dias no hotel, ficar em um “Big Brother”. Quero jogar - esclarece.

Mas pelo menos houve espaço para alguma risada no bate-papo com Zé Love. Desde que chegou na Itália, o atacante tem se preocupado um pouco mais com o visual. Várias vezes ele foi visto com roupas mais extravagantes.

- (risos) Deu para aprender, mas sei lá, uma “calça galinha”, não! Estilo cowboy, estilo interior... É, mas aqui, até pelo frio, o pessoal acaba se vestindo mais, se preocupa mais. Eu mesmo, no Brasil, sempre uso camiseta, bermuda, chinelo, prefiro. Aqui a gente é obrigado a usar isso - diverte-se.

Reclamação com tratamentos

Outro motivo que deixa Zé Love chateado é o tempo que teve que ficar fora. Ele sofreu uma fratura por stress na tíbia. Segundo ele, a lesão não era tão complicada, mas houve um diagnóstico errado, que o deixou fora por mais de seis meses. Além disso, ele aponta que há uma pressa na volta do jogador.

- Aqui não se trata 100% e volta. Com 70% já nos coloca para jogar e isso atrapalha. Como a gente é brasileiro, estamos acostumado a jogar quarta e domingo. Aqui é mais treino, academia, isso acaba atrapalhando um pouco. É diferente, acaba fazendo muita força, desgasta um pouco, e como não é habituado, tem lesão.

BATE-BOLA
Zé Eduardo
Atacante do Siena, ao LANCE!Net

LANCE!Net: Vocês estão na lanterna do Campeonato Italiano, mas começaram com menos seis pontos. Como está sendo este início?
Zé Eduardo: Éramos para ter 17 pontos e ter uma posição cômoda. Sabíamos que seria difícil, teríamos que ter duas vitórias para começar a pontuar. Mas o time está focado. Se ver os pontos no início, não é um mau campeonato. Infelizmente, joguei sete partidas e acabei me contundindo. Fiz dois gols neste período. Não é uma média muito boa, mas aqui na Itália não é ruim. O Campeonato Italiano é duro. Tem algumas partidas antes do fim do ano e queremos ir bem para começar o 2013 ainda melhor.

L!Net: Ter estes pontos a menos e ver que o time poderia estar acima dá uma motivação a mais ou a tira?
ZE: As duas coisas. A gente pensa que poderia estar em cima, mas também que tem que sair. Mas agora não é o momento de pensar e sim de jogar. Infelizmente acho que só jogo contra o Napoli. Eu não gosto de falar, mas a parte médica aqui é complicada, por eles quererem que volte rápido, volta antes do tempo, e lesão muscular fica difícil com o frio. Fiquei no Santos um ano e meio e nunca tive lesão, nunca fiquei fora. Aqui na Itália não tive a mesma sorte.

L!Net: As lesões estão sendo suas principais dificuldades?
ZE: Lesões mesmo foram duas, uma grossa no ano passado, no Genoa. Eu acabei Libertadores, tinha moral, confiança e cheguei na Itália para começar bem. Tive uma fratura por stress, fiquei oito meses parado. Aí vem a questão psicológica, nunca tinha me machucado, e teve o frio, foi ruim de me adaptar. Acabei tendo dificuldade. No Siena, o meu início foi bom, fiz uma grande partida contra a Internazionale, fiz gols, meu último jogo, a gente ganhou, depois senti outra dor.

L!Net: Este jogo contra a Internazionale foi o seu melhor momento?
ZE: Não só meu, mas do time, contra a Udinese também, fiz gols. É um campeonato difícil, o Siena tem uma estrutura legal, mas é um time pequeno, vai lutar para sair da zona de rebaixamento, às vezes a gente que é brasileiro tem dificuldade de jogar em time que pensa mais em defender, eu estou jogando em uma posição que não é a minha, e eu tenho que me adaptar.

L!Net: Pensou em se tratar no Brasil?
ZE: Quando eu estava no Genoa, foi a primeira coisa que eu pensei, quando tive a fratura por stress. Falei com o presidente, para ver se liberava, que o Santos ia me acolher, já tinha falado com o Luis Álvaro (presidente do Santos), ele disse que tudo bem, o Santos tem um grande centro de recuperação. Como eu tinha acabado de chegar, eles não deixaram. A lesão era para ficar pouco tempo, eu acabei não me recuperando da lesão toda, que eles nem sabiam o que era, tratei mal, foi difícil. Aí quando eu voltei, tive apendicite, mais um mês fora. Mas tudo na vida a gente leva um aprendizado, no Brasil nunca fiquei fora, nunca fiquei sem treinar, e aqui aconteceu. Sou jogador, estou sujeito a isso. Aqui estou em outra posição, tenho que correr mais. Mas eu estou bem, me adaptando, o clube gosta de mim, eles só erram bastante na recuperação, acaba fazendo em pouco tempo pela necessidade deles, e o jogador fica pior depois.

L!Net: Costuma falar com o Robinho e com o Pato?
ZE: Sempre falo com o Robinho, a gente conversa sempre. Quando estava no Genoa, ia sempre na casa dele.

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