Legado dos Jogos de 2020 dá vitória a Tóquio e derrota a Madri
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Não foi uma decisão política, mas uma escolha que mesclou segurança e legado, a responsável por dar a sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2020 para Tóquio, neste sábado, em Buenos Aires. Os japoneses superaram a Istambul na final por 60 votos a 36.
- Japão era uma aposta segura e confiável e creio que isso foi um forte motivo para ganharmos - afirmou o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
Nos bastidores da eleição, comenta-se que justamente a principal fraqueza da candidatura, o vazamento radioativo da Usina de Fukushima foi a responsável por assegurar o triunfo japonês. O problema foi visto como uma oportunidade pelo COI de mandar um recado sobre o legado que os Jogos podem deixar para um povo.
Resolver o problema de Fukushima, a título de legado oferecido pelos Jogos, servirá como uma ótima propaganda para o COI.
A decisão ocorreu em um momento em que o COI intensificou seus esforços para demonstrar à população brasileira que os Jogos Rio-2016 proporcionarão um amplo legado. Com isso, pretende-se aplacar a revolta de quem protesta contra o alto custo da competição.
E em Tóquio, o problema poderá se repetir, já que o apoio da população sempre foi problemático.
- Mostraremos ao mundo o que nos espera para o futuro. Teremos a tecnologia e uma capacidade de hospitalidade - considerou o governador de Tóquio, Naoki Inose.
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A outra vantagem de Tóquio é a certeza da entrega de Jogos, sem problemas de orçamento ou atraso em obras, dada a comprovada eficiência japonesa. E dos US$ 7,2 bilhões orçados para os Jogos de 2020, o Japão já têm guardados em um fundo privado, US$ 4,5 bilhões.
LEGADO ARRASA COM MADRI
O que Madri apontou como uma vantagem, ter 80% das instalações prontas, acabou por eliminá-la na primeira rodada da eleição. A falta de um legado influenciou na decisão dos membros do COI que a preteriram por Istambul.
- Lamento profundamente, mas acho que há motivos suficientes para prosseguir com espíritos elevados - disse o príncipe das Astúrias, Felipe de Bourbon, que reiterou não haver outro caminho: seguir se candidatando.
Já a delegação de Istambul lamentou o segundo lugar na votação, parabenizou os japoneses. Mas disse que também continuará na luta pela sede dos Jogos, porque a candidatura se mostrou forte e essa derrota servirá como experiência para o futuro.
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