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Irmar Ferreira: ‘Eu posso afirmar que vamos ganhar’

Dedé, Rômulo e Diego Souza pela Seleção Brasileira
imagem cameraDedé, Rômulo e Diego Souza pela Seleção Brasileira
Dia 28/10/2015
04:45

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Dando sequência à série sobre as eleições do Atlético, o LANCE!NET entrou em contato com outro candidato à presidência do clube. Os conselheiros beneméritos, Irmar Ferreira, presidente, e Fabiano Lopes, vice-presidente, conversaram com a equipe do diário na última sexta-feira.

A dupla encabeça a chapa “Galo Legal, um novo Atlético para todos”. Irmar Ferreira está no quadro de conselheiros do Atlético há 21 anos. Nesse período, ele foi membro do Conselho de Ética, da Comissão de Orçamento e Finanças e presidente da comissão que redigiu o novo estatuto do clube. Já Fabiano Lopes está no clube há 10 anos e já ocupou o cargo de presidente do Conselho Fiscal.

Os candidatos receberam a equipe do LANCE! para uma entrevista no comitê oficial da chapa, localizado no centro comercial de Belo Horizonte. O comitê divide espaço com a empresa de consórcios, onde Fabiano ocupa é o diretor-proprietário e jurídico.

Um dos objetivos da chapa é descentralizar o poder do mandatário. Tanto é que Irmar e Fabiano dariam a entrevista em dupla. No entanto, devido a uma videoconferência, o empresário teve de deixar a sala, que contava com a presença do assessor de imprensa da campanha, Luiz Carlos Alves.

Antes de deixar a sala, Fabiano explicou que a dupla está preparada para assumir o Atlético.

– Gostaria de dizer que nós não somos paraquedistas. Temos uma História dentro do Atlético. Estamos preparados para sermos vice-presidente e presidente do clube – declarou o empresário, que ainda analisou a atual gestão do clube:

– A administração é muito falha, não se fez nada. O Atlético tem uma dívida grande que está só aumentando. Impostos são descontados dos funcionários, dos prestadores de serviços, e não estão sendo repassados aos órgãos arrecadadores, constituindo, assim, um crime. A receita para que eles estejam mantendo o clube, ele (Kalil) está antecipando, das cotas de TV e do Diamond Mall.

Veja, abaixo, a exclusiva com o desembargador Irmar Ferreira:

O que faz o senhor achar que está pronto para se tornar presidente do Galo?
Eu e o Doutor Fabiano, nosso vice, estamos prontos para fazer uma grande administração no clube. O Doutor Fabiano foi presidente do Conselho Fiscal (está afastado devido a candidatura) e estou no clube há 20 anos como um conselheiro atuante. Nós conhecemos o Atlético. Fabiano é um homem que, juntamente comigo, irá trabalhar para fazer uma grande administração. Por outro lado, temos nossa proposta de trabalho e temos certeza que executaremos essa proposta.

Como será a divisão de tarefas entre o senhor e o seu vice-presidente, o empresário Fabiano Lopes?
Não haverá divisão de tarefas entre nós dois. A administração será feita em conjunto, entre o presidente e o vice-presidente. Aliás, existe uma norma estatutária, que diz que os atos praticados pelo presidente devem ser executados em conjunto com o seu vice-presidente.

Como o senhor enxerga a atual gestão do Atlético?
Considero uma administração desastrosa. É uma administração que levou o time do Atlético, nos últimos anos, a dar sustos em seus torcedores. Em todas as edições do Campeonato Brasileiro, o Atlético está lutando para não ser rebaixado. E, na parte que diz respeito à administração propriamente dita, os números do Atlético demostram a precariedade da administração.

Concorda com o Kalil quando ele diz que houve uma reestruturação financeira do Atlético?
Eu discordo totalmente desse ponto. A atual diretoria vive dizendo, através da mídia, que os salários do clube estão em dia, que há dinheiro em caixa, mas a dívida do Atlético aumenta. Sabemos que a realidade do clube não é essa que é passada para os torcedores.

Como seria seu modelo de gestão à frente do Atlético? Pretende modificar muita coisa?
Nosso objetivo é dirigir o Atlético com transparência. Com descentralização do poder. Acreditamos que uma entidade como o Atlético precisa ser dirigida à quatro mãos. O presidente e o vice-presidente juntos com uma diretoria formada por profissionais da mais alta competência, que conhecem de administração profissional do futebol. Não vai ser um trabalho de um homem só. Eu e o Doutor Fabiano iremos ter uma gestão conjunta.

Em relação ao Departamento de Marketing, o senhor acredita que o Atlético ainda tem muito a melhorar neste aspecto? Pretende reativar o departamento da área?
Precisamos reativar esse departamento de marketing. Hoje, é essencial para um clube ter um departamento de marketing. O marketing no futebol faz parte do nosso programa de gestão, queremos valorizar a marca Atlético. Ele capta recursos importantíssimos para o clube. Nosso objetivo é de criar uma direção capacitada para cada divisão do clube e, certamente, o marketing está na nossa pauta de administração.

Tem a intenção de retomar o projeto do sócio-torcedor?
Além do marketing, sócio-torcedor também fará parte de nossa administração. Olhamos para o futebol do Rio Grande do Sul. Grêmio e Internacional faturam muito com o programa de sócio-torcedor. E o Atlético, tendo essa grandeza que tem, com uma torcida dessas, não podemos ficar sem um sócio-torcedor. Essa é uma das nossas metas. O sócio-torcedor tem uma fundamental importância para um clube, como o Atlético, que conta com uma torcida capaz de reerguer o clube.

A ausência do Mineirão interfere na criação de um programa de sócio-torcedor?
Independente do estádio, nós estamos estudando o programa do sócio-torcedor. Acredito que o programa consiga se sustentar mesmo com essa questão do local das partidas.

Como tem sido a campanha eleitoral para a sua candidatura?
Está sendo muito positiva. Temos conversado bastante com os conselheiros, através de telefonemas, e também por meio do nosso blog, que conta com todas as nossas propostas de trabalho. Também enviamos um material com nossas propostas para 90% dos conselheiros do Atlético. Estamos muito confiantes nessa eleição e posso afirmar que vamos ganhar na próxima quinta-feira.

A resposta de sua campanha eleitoral está sendo boa?
A resposta está sendo excelente. Tivemos um bom retorno dos nossos conselheiros. Nossa proposta de gestão está sendo muito bem aceita e temos tido uma boa avaliação.

O que o motivou a se candidatar para a presidência do Atlético?
Eu fui convencido por alguns amigos que tenho no conselho do Atlético. Eles me incentivaram a aceitar esse desafio. A minha motivação vem desse sentimento de indignação com a atual situação do Atlético. Após anos vivendo o Atlético, eu percebi que estava preparado para assumir essa liderança dentro do clube.

O que pode dizer sobre seus adversários, Alexandre Kalil e Fred Couto?
Não tenho nada a dizer sobre o Alexandre Kalil e o Fred Couto. A única coisa que eu posso falar sobre é que respeito muito os dois candidatos. Eles são atleticanos, como eu também sou, mas não tenho uma opinião formada sobre os dois.

O senhor chegou a cogitar uma aliança com o outro candidato de oposição do Atlético, Fred Couto?
Sim. Durante uma reunião, abordamos esse assunto. Mas ele não aceitou quando oferecemos a formação de apenas uma chapa de oposição. Discutimos essa possibilidade de unir as duas chapas e até sugerimos que apoiássemos um terceiro nome para concorrer à presidência. No que diz respeito a essa aliança, ele, realmente, sempre esteve irredutível. O Fred (Couto) quer ser presidente do Atlético. E, como conselheiro do Atlético, está dentro do seu direito. Mas essa decisão acaba nos enfraquecendo, isso prejudica os dois candidatos. Mas estamos com uma adesão muito grande dos conselheiros do clube e ela está crescendo a cada dia. Por isso, estamos muito confiantes em uma vitória na quinta.

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