Idolatrado, mascote do Tijuana promete fazer ‘feijoada’ com o Verdão

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Nem Fidel Martinez, o “Neymar do Equador”, nem o capitão Javier Gandolfi, muito menos o artilheiro Duvier Riascos. O membro mais querido pela torcida do Tijuana também fica em campo, mas não joga: é simplesmente o Xolo, mascote oficial do clube que enfrenta o Palmeiras nesta terça, às 22h30, na ida das oitavas da Libertadores.
Ele é visto como ídolo pelos fanáticos. Participa de ações beneficentes, anima o público com seus shows antes dos jogos, tem uma estátua gigante em cima da arquibancada principal do Estádio Caliente... É o astro de Tijuana.
O mascote leva esse nome por ser um cachorro da raça xoloitzcuintle, famosa no México, sobretudo na região Noroeste, onde fica a cidade.
E a relação do time e do povo com a raça é muito maior do que se imagina. Os xolos – que também é o apelido da equipe – são cultuados a todo momento. Prova disso é que o nome oficial do Tijuana tem até o xoloitzcuintle no meio (Club Tijuana Xoloitzcuintles de Caliente) e o destaque do símbolo é a imagem do cão dentro de uma bola vermelha.
A “idolatria” ao tipo do animal tem explicação. Ele só existe no México e é um cachorro muito antigo. Estima-se que tenha surgido há cerca de três mil anos. Segundo a Mitologia azteca, acompanhava seu dono até a morte, entre outras coisas, lema que a torcida do clube tenta repetir com o time.
O homem que se fantasia não revela sua identidade. Faz parte do show. Mesmo assim, conversou com a reportagem do LANCE!Net nessa terça. E garantiu: se o Palmeiras é conhecido como porco no Brasil, hoje à noite é dia de feijoada mexicana, do jeito que os cachorros gostam.
- O cachorro é mais forte que o porco e que o periquito, é só ver a estrutura. Mentalmente também. Vamos fazer essa feijoada e vamos comer. Nos alimentamos muito bem, como com feijoada - declarou ele.
Quem são os xolos?
O xoloitzcuintle é uma raça canina originária do México e chama atenção por praticamente não ter pelos. Sua existência está intimamente ligada à cultura mexicana e é considerado como um dos cães mais antigos, com cerca de três mil ano de existência, estima-se.
Segundo a Mitologia Azteca, os xolos eram tão fiéis aos donos que acompanhavam as almas deles quando morriam e o protegiam de tudo. Por conta disso, muitos eram sacrificados e enterrados junto com as pessoas.
A raça é muito cultuada na região Noroeste do México, onde fica Tijuana. Há um parque com eles.
Confira o bate-bola com o mascote do Tijuana:
LANCE!Net: Acredita que o Tijuana em campo pode mostrar que os cachorros como você são fortes mesmo?
Xolo: Sim, estou 100% seguro que pode fazer isso e dar ainda mais alegria aos nossos torcedores. Mentalmente e fisicamente os cachorros são muito fortes, dá para ver isso.
E o Tijuana dentro de campo é tão forte quanto você?
Sem dúvida. Tanto eu quanto o Tijuana somos fortíssimos.
Acha que o time pode ir longe nessa Libertadores?
Pode chegar longe, sim. É passo a passo, o treinador tem mostrado isso para todos, o time está muito forte mentalmente e fisicamente. Esperamos que amanhã saia de campo com a vitória e continue avançando nessa Libertadores.
Como é ser o ídolo de uma torcida, principalmente das crianças, sendo o mascote da equipe?
É um orgulho levar essas cores do nosso clube para fora. As crianças se identificam muito comigo e com as cores do clube, com os jogadores. Isso se nota em cada jogo. As pessoas sempre estão com a equipe e têm muito carinho comigo, nos jogos ou em qualquer lugar que vou.
NR: Antes de falar com a reportagem, ele participava de um evento beneficente em uma escola com crianças da região.
Contra o Palmeiras, então, tem mais um show seu do lado de fora e outro do Tijuana em campo?
Claro, estamos sempre apoiando a equipe, com as cores, a torcida sempre responde muito bem. O time pode fazer isso no jogo e que a equipe seja empurrada também pelo que eu faço dentro de campo.
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