Grêmio em 2012: Adeus ao Olímpico, chegada da Arena e nada de títulos

O Grêmio se despede de 2012 sem títulos. Mas não há dúvida alguma: a ano que se encerra dentro de algumas horas ficará na memória de todo e qualquer gremista, já que o clube teve de dizer adeus ao Estádio Olímpico Monumental e viu a Arena ser inaugurada. Uma nova era é prevista para o Tricolor, que, com um time forte, foi bem no Brasileirão, disputará a Libertadores de 2013 e ainda viu o presidente mais vitorioso de sua história voltar ao comando: Fábio Koff.

SAI CAIO JUNIOR E ENTRA LUXEMBURGO

O Grêmio começou 2012 com Caio Junior de treinador e reforços de peso: os atacantes Kleber e Marcelo Moreno, que custaram quase R$ 20 milhões - Kleber, com uma grave lesão, não rendeu o esperado. Com um início irregular, Caio Junior perdeu o emprego e o Grêmio acertou com Vanderlei Luxemburgo, que era o grande objetivo para a temporada. O investimento em Luxa e sua comissão técnica foi o grande. O Tricolor pensava grande.

GRÊMIO FICA NO CAMINHO NO GAUCHÃO

O Grêmio, sob o comando do auxiliar técnico Roger Marques, superou o Internacional nas quartas de final da Taça Piratini, o primeiro turno do Gauchão, mas, já com Luxa, foi eliminado logo na sequência para o Caxias, que venceria o Novo Hamburgo na final. Na Taça Farroupilha, o Grêmio chegou à final, mas viu o rival Internacional ser campeão. O desfecho todos sabem: o Colorado foi campeão.

OS CINCO MINUTOS FATAIS NA COPA DO BRASIL

O Grêmio era um dosa favoritos para faze a final da Copa do Brasil. Com 100% de aproveitamento, tudo ia muito bem até os duelos contra o Palmeiras, válidos pela semifinal da competição. O empate sem gols no primeiro jogo, disputado no Olímpico, durava até os minutos finais, quando o rival fez 1 a 0. Minutos depois, o segundo gol. A derrota por 2 a 0, diante da sua torcida, sepultou as chances de classificação do Grêmio, que não inverteu o resultado na Arena Barueri e acabou eliminado.

ELANO E ZÉ ROBERTO: DECISIVOS

Vanderlei Luxemburgo foi fundamental para algumas das contratações feitas pelo Grêmio após a sua chegada, como Werley e Pará. Mas a dupla que comandou o time em campo foi outra: Zé Roberto e Elano. O primeiro, ainda com 37 anos, chegou ao clube com certa desconfiança, mas apresentou um futebol eficaz e, mesmo com a idade avançada, não apresentou nenhuma lesão. Foram 34 partidas desde a sua estreia, diante do Atlético-MG, no dia 1º de julho, com quatro gols e sete assistências.

Elano, por sua vez, veio para o clube em uma troca com o atacante Miralles, que rumou para o Santos. O camisa 7 reencontrou o bom futebol e, ao lado de Zé, foi um dos grandes responsáveis pela grande campanha tricolor no Brasileirão. Marcou oito gols: sete no Brasileirão e um na Sul-Americana.

ELIMINÇÃO SOFRIDA NA COPA SUL-AMERICANA

Além de lutar por uma vaga para a Libertadores via Campeonato Brasileiro, o Grêmio tinha outro caminho que lhe garantiria no torneio: a Copa Sul-Americana. Após eliminar Coritiba e  Barcelona de Guayaquil (EQU), o Millonarios (COL) surgiu no horizonte tricolor. O primeiro jogo das quartas de final terminou com vitória gremista (1 a 0). Mas na volta... O time de Luxemburgo & Cia. era derrotado até os últimos minutos do jogo por 2 a 1 e ia se classificado, até que Rentería, ex-jogador do Inter, marcou o terceiro do time colombiano e a vaga escapou.

O pós-jogo ainda foi mais dolorido para o Grêmio. Inconformados com a arbitragem, os jogadores do Grêmio se desentenderam com a arbitragem. Werley, Anderson Pico e Léo Gago foram punidos com três partidas em competições organizadas pela Conmebol, como a Libertadores. Caso o Grêmio supere a LDU (EQU) na primeira fase, Luxa terá os três como desfalque para o primeiro jogo na fase de grupos, contra o Huachipato (CHI).

VAGA NA FASE DE GRUPOS DA LIBERTADORES ESCAPA

O Grêmio tinha a faca e o queijo na mão para se garantir na fase de grupos da Libertadores de 2013. A situação era simples: bastava uma vitória contra o Internacional, em jogo válido pela 38ª e última rodada do Brasileirão e que também marcava o adeus ao Olímpico. Mesmo atuando com dois jogadores a mais em boa parte do jogo, o Gre-Nal terminou sem gols e, como o Atlético-MG venceu o Cruzeiro, a segunda posição e a vaga na fase e grupos na competição sul-americana ficou com o Galo.

O ÚLTIMO E DERRADEIRO ANO DO OLÍMPICO

O mesmo jogo que não garantiu o Grêmio na fase de grupos da Libertadores de 2013 foi o último do Tricolor no Estádio Olímpico Monumental. E a emoção transbordada no rosto dos gremistas presentes no Gre-Nal e garantiu imagens únicas. Eram torcedores que já sentiam saudade do estádio que deixará de ser propriedade do clube a partir de 1º de abril. Até que não é gremista se emocionou.

ARENA E UMA NOVA ERA PARA O TRICOLOR

Pouco depois de presenciar o último jogo do Olímpico, os gremistas puderam acompanhar a inauguração da Arena, a moderníssima nova casa tricolor. Após apenas 27 meses de obras, o Grêmio debutou na Arena diante do Hamburgo (ALE), no último dia 8 de dezembro, em amistoso que foi a reedição da final do Mundial de 1983, vencido pelo Grêmio de Renato Gaúcho & Cia. Com gols de André Lima e Marcelo Moreno, o Grêmio voltou a superar os alemães e celebrou o primeiro triunfo de sua nova casa. Foi o início de uma nova era para o clube.

A VOLTA DO PRESIDENTE MAIS VITORIOSO

Fábio Koff foi o presidente do Grêmio nas conquistas mais importantes do clube: o Campeonato Brasileiro de 1981, a Libertadores e o Mundial de 1983, a Libertadores de 1995 e o Brasileirão de 1996. E ele teve como grande rival Paulo Odone, que lutava pelo segundo mandato consecutivo, para voltar ao comando tricolor. Koff é uma das esperanças para a volta de grandes conquistas para o Grêmio, já que a última foi a Copa do Brasil de 2001.

GRÊMIO E O SEU  DESEMPENHO NAS COMPETIÇÕES DE 2012

OS PRINCIPAIS ARTILHEIROS DO GRÊMIO EM 2012